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Câmara vota projeto antipichação em sessão extra na 6ª

O projeto visa a aplicar multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 50 mil a quem for flagrado pichando muros ou monumentos públicos

SP: a matéria será debatida em sessão extra, já que os vereadores só se reúnem em plenário às terças, quartas e quintas-feiras (Divulgação/Divulgação)

SP: a matéria será debatida em sessão extra, já que os vereadores só se reúnem em plenário às terças, quartas e quintas-feiras (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 21h05.

São Paulo - A pedido do prefeito João Doria (PSDB), a base aliada do tucano na Câmara Municipal agendou para as 10h desta sexta-feira, 10, a primeira votação do projeto que visa a aplicar multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 50 mil, podendo dobrar em caso de reincidência, a quem for flagrado pichando muros ou monumentos públicos na cidade.

A matéria será debatida em sessão extra, já que os vereadores só se reúnem em plenário às terças, quartas e quintas-feiras.

Para agilizar a sanção e vigência da lei, a saída encontrada pelo líder de governo, Aurélio Nomura (PSDB), e também pelo presidente da Casa, Milton Leite (DEM), foi pautar projeto de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB) que trata do mesmo tema, apesar de não prever a multa.

Mudanças no texto original serão encaminhadas pelo Executivo após a votação em primeira, por meio de um substitutivo, que terá de passar pelas comissões temáticas.

A apresentação desse substitutivo até sexta não é possível porque as comissões ainda não estão formadas. A pedido de Leite, os partidos ficaram de indicar seus representantes nos próximos dias.

Quando esse rito for finalizado, o novo projeto antipichação, já com a previsão das sanções, poderá ser votado em segunda votação e posteriormente ser sancionado por Doria.

A pressa em legislar sobre o tema foi criticada nesta segunda pelos petistas Antonio Donato e Eduardo Suplicy. Ambos pediram mais tempo para debater o assunto com a sociedade.

Donato exige que a Câmara agende ao menos uma audiência pública antes de marcar a votação do projeto. José Police Neto (PSD) também declarou, durante reunião de líderes partidários, ser favorável a um debate mais aprofundado.

Nomura, no entanto, afirmou que "o prefeito João Doria está muito preocupado" com essa questão e que, por isso, pediu urgência no trâmite legislativo. Segundo o líder, o projeto de Amadeu é indicado para iniciar a discussão.

Disque

Apresentada em 2005, a proposta de Amadeu prevê a criação de um "disque pichação", linha telefônica exclusiva para recebimento de denúncias relacionadas a pichações na cidade.

No texto original, esse canal de comunicação com a Prefeitura teria de se dar por um "0800", ou seja, sem custo para o cidadão, que poderia ainda fazer a queixa de forma anônima.

Mas, segundo Amadeu, o central telefônica da Prefeitura, o 156, poderia assumir mais esse serviço.

Em sua justificativa, Amadeu dizia, em 2005, que a "grande maioria do patrimônio municipal encontrava-se verdadeiramente transformado em 'obras primas' de imenso mau gosto", referindo-se aos muros pichados. Nesta sexta, o vereador reafirmou que a cidade está muito feia por causa das pichações.

"Agora temos um prefeito que resolveu por ordem na casa. Isso é bom. Meu projeto está pronto para ser votado e segundo orientação do Executivo, o disque-pichação será mantido".

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