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Câmara vota hoje último ponto da reforma administrativa

A quarta-feira foi marcada por desentendimento entre líderes do governo e por reveses para o Planalto em destaques importantes da Medida Provisória 870

Joice Hasselmann: líder do governo no Congresso não se entendeu com seu colega Major Vitor Hugo, líder na Câmara (Valter Campanato/Agência Brasil)

Joice Hasselmann: líder do governo no Congresso não se entendeu com seu colega Major Vitor Hugo, líder na Câmara (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2019 às 06h43.

Última atualização em 23 de maio de 2019 às 07h05.

A Câmara dos Deputados analisa nesta quinta-feira um último destaque da Medida Provisória (MP) 870, que trata da reforma administrativa do governo Jair Bolsonaro. O destaque trata da proibição da investigação de corrupção por auditores da Receita Federal.

A tramitação da MP 870 tem sido usada por governistas e opositores para defender seus pontos de vista sobre a relação do governo com o Congresso. Governistas tentam mostrar que, apesar de tudo, as pautas têm andado na Câmara, enquanto opositores destacam derrotas na tramitação da MP e episódios de esculhambação entre os líderes do governo no Congresso.

Ontem, líderes do Centrão alegaram que o PSL descumpriu um acordo durante a votação da reforma administrativa, com os dois expoentes do partido no Congresso, Major Vitor Hugo e Joice Hasselman trabalhando por objetivos opostos em relação à votação nominal dos destaques.

A confusão levou ao adiamento do último destaque para hoje, o que aperta ainda mais o prazo do governo, que precisa da MP 870 aprovada pelo Senado até o dia 3 de junho.

O governo sofreu reveses importantes ontem, com a Câmara tirando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do ministério da Justiça e devolvendo-o para a Economia. Também tirou a Funai da alçada da ministra Damares Alves, titular da pasta da Família e Direitos Humanos. A demarcação de terras indígenas sai da Agricultura e volta à Funai.

Ainda assim, o risco maior, de ver rejeitada a reforma administrativa que reduziu o número de ministérios ser rejeita, passou. Agora o governo corre para resolver a para no Congresso até dia 3. Será mais uma oportunidade de colocar seu confuso poder de articulação em campo.

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