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Câmara vai analisar venda da Eletrobras na semana que vem

Nos próximos dias, a comissão deve elaborar um cronograma de trabalhos e aprovar a convocação de audiências públicas

Eletrobras: a maioria dos membros da comissão integra a base governista (Nadia Sussman/Bloomberg)

Eletrobras: a maioria dos membros da comissão integra a base governista (Nadia Sussman/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de março de 2018 às 08h26.

A primeira reunião da comissão especial na Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei de privatização da Eletrobras será no dia 6 de março.

A comissão terá 35 membros titulares e 35 suplentes, mas os trabalhos podem começar após a comissão especial atingir o quórum mínimo de 18 membros titulares indicados. Por ora, a comissão conta com 21 membros.

Na primeira reunião, espera-se oficializar a escolha do relator do projeto de lei, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), e do presidente, deputado Hugo Motta (MDB-PB). Nos próximos dias, a comissão deve elaborar um cronograma de trabalhos e aprovar a convocação de audiências públicas.

Entre os prováveis convocados estão o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Jr., conforme já indicado por Aleluia. A previsão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-BA), é que a proposta seja aprovada na comissão na primeira quinzena de abril.

A maioria dos membros da comissão integra a base governista. Com direito a apontar três membros, o PSDB ainda não fez indicações. Também não indicaram o PT, PDT, Podemos, PSOL, Avante, PC do B e Pros.

O quórum mínimo de membros titulares da comissão só foi atingido após um apelo de Maia aos líderes partidários. Até mesmo legendas da base aliada ainda não haviam feito suas indicações.

O projeto faz parte da agenda de prioridades do governo Michel Temer e tem o apoio explícito de Maia, mas enfrenta resistência da bancada de parlamentares do Nordeste e da oposição.

Após passar pela Câmara, o projeto ainda precisa ser votado no Senado e, depois, sancionado pela Presidência da República. Só então a proposta entra em vigor.

O governo pretende privatizar a companhia neste ano e arrecadar R$ 12,2 bilhões como bônus de outorga, dinheiro que será cobrado da empresa para que ela tenha direito a novos contratos de energia, mais lucrativos que os atuais.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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