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Câmara tenta votar projeto da recuperação fiscal dos estados

O regime de recuperação fiscal prevê que Estados em severas dificuldades financeiras possam suspender por três anos o pagamento de suas dívidas com a União

Câmara: 363 deputados marcaram presença na Casa, mas o plenário continuava praticamente vazio (Agência Brasil/Agência Brasil)

Câmara: 363 deputados marcaram presença na Casa, mas o plenário continuava praticamente vazio (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de abril de 2017 às 13h14.

O plenário da Câmara dos Deputados retomou por volta das 12h30 desta terça-feira, 11, a discussão do projeto que trata da recuperação fiscal dos Estados.

Assim como aconteceu na noite de segunda-feira, 10, a oposição deu início a uma nova tentativa de obstruir a matéria e apresentou um requerimento de retirada do tema da pauta.

Pouco depois das 12h30, 363 deputados marcaram presença na Casa, mas o plenário ainda seguia praticamente vazio. Na segunda-feira o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que esperaria um quórum de pelo menos 430 parlamentares para colocar o projeto em votação sem risco de que ele seja derrotado. Para ser aprovado, será necessário o voto de 257 deputados.

O regime de recuperação fiscal prevê que Estados em severas dificuldades financeiras possam suspender por três anos o pagamento de suas dívidas com a União.

Em troca, terão de cumprir algumas contrapartidas, como reduzir incentivos fiscais, aumentar a contribuição previdenciária de servidores estaduais, privatizar empresas estatais, congelar reajustes salariais para servidores e restringir concursos públicos.

Para tentar aprovar a proposta, o governo e o relator do projeto na Câmara, deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), fizeram uma série de concessões no texto.

Com aval da equipe econômica, o relator amenizou algumas contrapartidas exigidas dos Estados para que possam aderir ao regime.

Em outra frente, a União prometeu regulamentar na próxima semana a renegociação de dívidas de diversos Estados com o BNDES, com previsão de carência de quatro anos.

Mesmo assim, deputados da oposição e da base continuam fazendo críticas, avaliando que as contrapartidas são muito duras.

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