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Câmara rejeita urgência para reforma trabalhista

A ideia do governo é a de votar 1º a reforma trabalhista, que funcionaria como termômetro da base, para depois passar para a reforma da Previdência

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia; na avaliação de um governista, houve erro na condução da votação do requerimento (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia; na avaliação de um governista, houve erro na condução da votação do requerimento (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2017 às 20h02.

Brasília - A Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira um requerimento para conferir o regime de urgência à proposta da reforma trabalhista, colocando em risco os planos do governo de vê-la votada na comissão e no plenário na próxima semana.

A ideia do governo é a de votar primeiro a reforma trabalhista, que funcionaria como um termômetro da base, para depois passar para a reforma da Previdência.

Mas como o requerimento não alcançou os 257 votos necessários para que fosse aprovado, a proposta de mudanças na legislação trabalhista não poderá, por ora, descumprir um prazo regimental de 7 sessões para que seja iniciada sua votação na comissão especial.

Segundo técnicos legislativos, como a sessão foi encerrada e uma nova foi iniciada, pode ser apresentado um novo requerimento de urgência. Mas lideranças governistas, reunidas em um canto do plenário, ainda decidiam como proceder.

Enquanto transcorria a votação, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) sentou-se na cadeira da presidência da Câmara e referiu-se à reforma da trabalhista, no microfone, como "essa desgraça".

Diante da cena, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apressou-se em encerrar a sessão. Ainda que mais de 430 deputados estivessem na Câmara, o quórum total da votação foi de 394 parlamentares. Desses, 230 votaram pela aprovação do requerimento e 163 foram contrários.

Na avaliação de um governista, houve erro na condução da votação do requerimento, que pode ter sido induzido pela movimentação da oposição.

O próprio Maia, pouco depois de abrir nova sessão, admitiu o erro e afirmou ter encerrado a votação "num momento equivocado".

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