Henrique Alves: o presidente da Câmara destacou que a melhor resposta às críticas contrárias aos parlamentares é votar a MP (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2013 às 17h59.
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), abriu, pela terceira vez, sessão destinada à votar a Medida Provisória 595, a MP dos Portos. A sessão anterior havia sido suspensa porque o deputado Toninho Pinheiro (PP-MG) invadiu a Mesa Diretora da Casa e estendeu uma faixa em que cobrava mais recursos para a área de saúde.
Na reabertura dos trabalhos, Henrique Eduardo Alves disse que Toninho Pereira merecia todo o respeito da Casa. Ele, entretanto, admitiu que a segurança do plenário não teve a melhor atitude ao retirar o parlamentar de forma supostamente ríspida. "A segurança também não agiu de forma adequada", disse, ao afirmar que vai analisar o caso depois.
O presidente da Câmara destacou que a melhor resposta às críticas contrárias aos parlamentares é votar a MP. O episódio envolvendo Toninho Pereira ocorreu no momento em que os líderes do DEM e do PR, respectivamente, Ronaldo Caiado (GO) e Anthony Garotinho (RJ), trocaram acusações no plenário. Garotinho criticou a oposição por se valer da suposta denúncia de corrupção feita na semana passada por ele contra uma emenda apresentada pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), para tentar travar a votação da MP dos Portos.
Caiado rebateu, chamando o líder do PR de "chefe de quadrilha". "Estou convencido de que Vossa Excelência faz parte do chiqueiro, está com a caatinga dos porcos", disse o líder do DEM. Garotinho retrucou. "Não vou descer ao nível das suas palavras. O tempo vai lhe dar a resposta. Eu não abandono amigo meu. Eu não finjo que não conheço Demóstenes, não virei as costas para Demóstenes Torres", afirmou Garotinho, numa referência ao senador cassado no ano passado por envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Demóstenes era do mesmo partido de Caiado, o DEM.
No momento desse bate-boca, o deputado do PP invadiu a Mesa da Câmara, com uma faixa em que cobrava recursos para a área da saúde. "R$ 8,3 bilhões (empenhados) tiraram da saúde", citava a faixa.