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Câmara não pode julgar Temer e ministros no atacado, diz deputado

Para Carlos Zarattini, o fatiamento da denúncia é importante para avaliar a responsabilidade de cada um dos acusados na peça encaminhada pela PGR

Carlos Zarattini: "Vamos avaliar um a um. Não pode julgar no atacado" (Lucio Bernardo Jr./Agência Câmara)

Carlos Zarattini: "Vamos avaliar um a um. Não pode julgar no atacado" (Lucio Bernardo Jr./Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 18h44.

Brasília - O líder da bancada do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), engrossou o coro da oposição à favor do desmembramento da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência).

Para o deputado, o fatiamento é importante para avaliar a responsabilidade de cada um dos acusados na peça encaminhada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). "Vamos avaliar um a um. Não pode julgar no atacado", disse o petista.

Embora o discurso oficial do governo é de dar celeridade à tramitação da nova denúncia, Zarattini concluiu que, ao não se esforçar para dar quórum pela segunda vez na sessão de leitura da peça acusatória, o governo demonstra o contrário.

"O governo não está com pressa, ao que parece", comentou.

Há um imbróglio jurídico sobre o trâmite processual da ação na Câmara. A Secretaria Geral da Mesa Diretora (SGM) decidiu que vai mandar a peça conjunta para a Comissão de Constituição e Justiça, mas parlamentares da oposição e da própria base querem que a denúncia seja desmembrada.

Se não houver consenso com a presidência da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do colegiado, Rodrigo Pacheco (PMDB-RJ), não descarta a possibilidade de recorrer ao STF para dirimir a dúvida.

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