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Câmara minimiza impacto da morte de Campos na campanha

Pesquisa Ibope divulgada hoje mostra que Câmara tem 42% das intenções de voto, contra 34% de seu principal rival, Armando Monteiro

Paulo Câmara (PSB) visita a comunidade da Ilha de Deus, em Recife (Wagner Ramos/PSB/Divulgação)

Paulo Câmara (PSB) visita a comunidade da Ilha de Deus, em Recife (Wagner Ramos/PSB/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 21h35.

Recife - Líder nas pesquisas de intenção de votos na disputa para o governo de Pernambuco, o candidato Paulo Câmara (PSB) minimizou nesta quinta-feira, 2, o impacto que a morte do ex-governador Eduardo Campos teve na disputa local.

Principal adversário do candidato, Armando Monteiro chegou a impor uma diferença de cerca de 30% no início da corrida eleitoral, mas o quadro se alterou completamente após a morte de Campos no último dia 13 de agosto.

Pesquisa Ibope divulgada hoje mostra que Câmara tem 42% das intenções de voto. Monteiro vem em segundo, com 34%. Zé Gomes (PSOL) tem 1%.

Questionado se a morte do ex-governador foi decisiva para a virada, Câmara respondeu recorrendo a um discurso de candidato eleito: "De jeito nenhum.

A gente ia ganhar as eleições porque o povo quer continuar o trabalho que o Eduardo iniciou. E fico muito triste de ser governador de Pernambuco e não ter Eduardo ao meu lado.

Queria muito ser governador com Eduardo na presidência da República, pois sempre estive junto com ele, e vai ser muito difícil governar Pernambuco sem estar com Eduardo ao lado".

Câmara participou no início da noite do último comício antes do primeiro turno das eleições.

O evento foi realizado na Praça da Independência, no centro de Recife, e contou com a participação de integrantes da família Campos, do governador João Lyra Neto (PSB), do prefeito do município, Geraldo Júlio (PSB) e candidatos da coligação.

"A morte de Eduardo trouxe uma curiosidade por parte da população em saber quem era o candidato que ele tinha escolhido para sucedê-lo. Isso realmente houve. Mas era o que a gente já entendia que iria acontecer.

Foi mais rápido do que a gente esperava, mas estamos chegando hoje dentro daquilo que a gente tinha planejado de estar com uma margem mais tranquila nas pesquisas e, se Deus quiser, com uma bonita vitória no domingo", ressaltou Câmara.

Segundo ele, apesar de ser o último dia estabelecido pela Lei Eleitoral para a realização de comícios, irá continuar "circulando" até o dia das eleições.

"Vamos fazer os eventos dentro do que a lei permite. Vou estar circulando pela cidade, não podemos mais ter evento desse porte, mas vou estar circulando, conversando com as pessoas na Região Metropolitana", ressaltou.

Presente na caminhada até a praça e no palco do comício, o filho de Eduardo Campos, Pedro Campos (18 anos), discursou para os militantes presentes.

Nos eventos anteriores, o filho mais velho, João Campos (20 anos), era quem fazia o pronunciamento. As palavras de Pedro, no entanto, muito se assemelharam a do irmão.

"Paulo essa frente forte, essa frente unida tira um peso muito grande das costas da minha família", afirmou Pedro.

"Quando o meu pai morreu, pensavam que ele tinha deixado uma herança que só iria passar para mim, para meu irmão, para a minha irmã, para minha mãe. Meu pai não deixou uma herança porque uma herança, quanto mais a gente divide, ela vai ficando menor e se acaba. Meu pai deixou um legado e, quanto mais a gente dividir com o povo, ele vai ficar maior", concluiu.

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