Câmara dos Deputados: eleição acontece em fevereiro do próximo ano (Ueslei Marcelino/Reuters)
Clara Cerioni
Publicado em 13 de dezembro de 2018 às 16h23.
Última atualização em 13 de dezembro de 2018 às 16h24.
A disputa para a presidência da Câmara dos Deputados em 2019 já tem ao menos cinco parlamentares: João Campos (PRB-GO), JHC (PSB-AL), Alceu Moreira (MDB-RS), Capitão Augusto (PR-SP) e Fábio Ramalho (MDB-MG).
Eles anunciaram nesta quarta-feira (12) que disputarão o comando da casa. Informalmente, o atual presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), também tem se articulado para garantir a permanência no cargo.
Em entrevista à imprensa, os cinco deputados afirmaram que há um acordo entre eles: quem for para o segundo turno terá o apoio dos demais.
A eleição para presidência da Câmara e demais cargos na Mesa Diretora ocorre no dia 1º de fevereiro de 2019, logo após a posse dos deputados da próxima legislatura.
Eleito neste ano para seu quinto mandato, João Campos é aliado da chamada BBB - bancada da Bala (segurança pública), do Boi (ruralista) e da Bíblia (evangélica).
Aos 55 anos, ele é pasto evangélico e delegado civil aposentado. Com o fortalecimento da bancada BBB, suas chances de sair vitorioso cresceram.
Presidente do PSB de Alagoas, João Henrique Caldas é advogado e atualmente é o 3º Secretário da Mesa Diretora do Congresso Nacional.
Em novembro deste ano, ele anunciou que iria concorrer à presidência da Câmara e foi pedir o apoio de Jair Bolsonaro. O presidente eleito afirmou, no entanto, que não vai interferir na escolha do futuro presidente da Casa.
Alceu Moreira, 64 anos, é atualmente o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, integrando também a bancada BBB.
Ele é autor do projeto de lei que acaba com o emplacamento de veículos agrícolas no Brasil.
Militar da reserva, José Augusto Rosa entrará em sua segunda legislatura na Câmara dos Deputados, pelo Partido Republicano.
É autor do projeto de lei que concedeu status de manifestação da cultura nacional ao rodeio e à vaquejada.
Ex-prefeito de Malacacheta (MG), Fábio Ramalho é um empresário e atualmente o 1º vice-presidente da Câmara.
Nesta semana, ele defendeu o aumento de 4% no salário de parlamentares, o que elevaria os rendimentos mensais para R$ 39 mil. A sugestão foi vista como uma tentativa de se aproximar dos deputados.
Hoje, o líder do PSL, deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), disse que a legenda não deverá entrar na disputa.
O partido do presidente eleito tem trabalhado para assegurar base política no Congresso Nacional e entre as costuras está a decisão de não lançar candidato.
"Eu acho muito difícil [o PSL lançar candidatura], acredito que vá ser uma pessoa de outro partido. Essas articulações estão acontecendo dentro do Congresso, estão ventilando, todos que estão ali estão se articulando publicamente ou nos bastidores", disse o deputado.
(Com Agência Brasil)