Brasil

Câmara de SP aprova orçamento de R$ 50,5 bilhões

Valor representa uma alta de 20% em relação à lei atual


	Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT): projeto de lei reserva R$ 967 milhões para a execução de todos os programas sociais na cidade
 (Marcelo Camargo/ABr)

Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT): projeto de lei reserva R$ 967 milhões para a execução de todos os programas sociais na cidade (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 21h20.

São Paulo - A Câmara Municipal aprovou nesta quarta-feira, 4, em primeira votação, a proposta orçamentária de 2014, com previsão de R$ 50,5 bilhões em receita - alta de 20% em relação à lei atual. Por 36 votos a favor, 10 contra e duas abstenções, os vereadores também deram aval para uma redução total de 15% nos gastos na área social. Abrigados em barracas instaladas em todas as regiões da cidade, os moradores de rua de São Paulo tendem a receber menos assistência em 2014. Elaborado pela gestão Fernando Haddad (PT), o projeto de lei reserva R$ 967 milhões para a execução de todos os programas sociais na cidade, ante R$ 1,1 bilhão deste ano.

A queda de investimentos na área vai na contramão das necessidades observadas pela população. Mesmo que informal, a 'liberação' da montagem de barracas de lona e até de barracos de madeira em calçadas, pontos turísticos - como o vão livre do Masp - e até em vias públicas levanta a discussão sobre a política direcionada pela Prefeitura à população de rua. "A cidade está com moradores de rua espalhados por todos os cantos, sem assistência. As barracas se espalharam por lugares históricos da cidade. Com menos recursos, a situação tende a piorar", critica o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), que tentou, sem sucesso, ampliar o orçamento da Smads em 20% na comparação com a lei atual.

A segunda votação do orçamento deve ocorrer na terça-feira, dia 10. Até lá, vereadores da base governista e da oposição querem apresentar emendas com a previsão de construir novos abrigos e albergues em 2014, como forma de aumentar a verba da Assistência Social. "A queda na verdade foi de 14,7%. E nós colocamos 64% a mais nos Esportes, 65% a mais nos Transportes, 13% a mais na Cultura. Nós apresentamos um orçamento com muito mais recursos", argumentou Paulo Fiorilo (PT), relator do orçamento no Legislativo.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto