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Câmara de São Paulo recua e multa da água deve ser menor

A multa por desperdício será aplicada somente no segundo flagrante - e deve ser inicialmente de R$ 250

Homem lava carro: o projeto previa R$ 1 mil já de punição inicial para quem lavasse o carro ou a calçada com água tratada (PinkBadger/Thinkstock)

Homem lava carro: o projeto previa R$ 1 mil já de punição inicial para quem lavasse o carro ou a calçada com água tratada (PinkBadger/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 07h44.

São Paulo - A multa por desperdício de água em São Paulo será aplicada somente no segundo flagrante - e deve ser inicialmente de R$ 250. Aprovado na semana passada em primeira votação na Câmara Municipal, o projeto previa R$ 1 mil já de punição inicial para quem lavasse o carro ou a calçada com água tratada.

O texto deve ser alterado entre esta terça-feira, 10, e quinta, 12.

As novas regras seguem a minuta de lei sugerida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) aos prefeitos de cidades da Grande São Paulo atingidas pela seca.

A multa de R$ 1 mil só deve ser aplicada na quinta infração. Essa proposta ainda deve ser alterada para a criação de uma campanha educativa que informe a população sobre o que pode ou não ser feito com a água da Sabesp.

Vereadores da base do prefeito e da oposição defendem que a Prefeitura inicie rapidamente uma ampla campanha na mídia, para que a multa, na prática, acabe não sendo aplicada.

Mas a decisão de dar prioridade à criação de uma lei que estabeleça apenas a punição e não trate de outras medidas para a redução do consumo não é consenso entre os parlamentares, apesar de a maioria declarar voto a favor do projeto.

Representantes de PV, PSDB e PSD defendem a aprovação de um pacote mais amplo, que obrigaria, por exemplo, o construtor a instalar hidrômetros individuais em prédios novos, o morador a ter uma caixa d’água e o poder público a adotar ações de reúso.

Segundo o líder do governo, Arselino Tatto (PT), as demais iniciativas relacionadas à redução do consumo de água serão tratadas em projetos independentes, a serem discutidos de forma paralela.

Para o tucano Mario Covas Neto, coautor do projeto que prevê multa de R$ 1 mil, o que não pode ocorrer é a Câmara se omitir em relação à crise hídrica. "É melhor darmos um passo do que nenhum."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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