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Câmara de São Paulo mudará controle de presença

O sistema de senhas vai acabar e será substituído pela identificação biométrica

Câmara Municipal de São Paulo: o prazo de quatro horas para registrar o comparecimento também será abolido (Fernando Moraes/VEJA São Paulo)

Câmara Municipal de São Paulo: o prazo de quatro horas para registrar o comparecimento também será abolido (Fernando Moraes/VEJA São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 19h23.

São Paulo - A Câmara de Vereadores de São Paulo vai mudar todo o método de marcação de presença dos vereadores da casa. O sistema de senhas vai acabar e será substituído pela identificação biométrica - os parlamentares serão reconhecidos apenas pela digital ou pela íris.

O polêmico terminal de presença ao lado do elevador será retirado e o prazo de quatro horas para registrar o comparecimento - mesmo após o término da sessão - também será abolido.

As mudanças foram anunciadas na manhã desta quarta-feira pelo presidente da casa, José Police Neto (PSD), em reunião com a mesa diretora.

Matéria publicada pelo Grupo Estado mostrou que 42 dos 55 vereadores são favoráveis à marcação de presença apenas por impressão digital, 36 votariam pela retirada do terminal ao lado do elevador e 38 são a favor da abolição do prazo de quatro horas para marcar presença. Para as mudanças acontecerem, o aval de 28 parlamentares seria suficiente.

O vereador Cláudio Roberto Barbosa de Souza, o Claudinho (PSDB), propôs que, além da marcação de presença em plenário, os parlamentares "batam ponto" também na entrada da casa: o mesmo sistema de identificação biométrica usado nas sessões seria instalado na porta da Câmara, e seria usado para mostrar que, mesmo fora de sessão, um determinado vereador foi trabalhar naquele dia.


O vereador Carlos Apolinário (DEM) também defende a aprovação de um projeto de sua autoria que corta o ponto do vereador que deixar o plenário após registrar a presença.

Ressalva

Ítalo Cardoso (PT), primeiro-secretário da Mesa Diretora, é contra as mudanças e pediu a suspensão da decisão anunciada pela presidência até a próxima terça-feira, quando acontecerá uma nova reunião. O petista argumenta que todos os líderes de bancada precisam ser ouvidos antes que qualquer medida seja tomada.

"Pela própria transparência e ética dos atos, precisamos ouvir a opinião de todas as bancadas. Não são mudanças pequenas, estamos falando em normas que vão mudar a vida legislativa da Casa", argumentou Cardoso.

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