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Câmara começará votações sobre reforma política no dia 29

Na quarta reunião do colegiado, vários membros demonstraram preocupação com o andamento dos trabalhos, o que forçou a mudança do cronograma inicial


	Vaccarezza: "Existe uma preocupação de alguns deputados de não concluir o trabalhos"
 (Wikimedia Commons)

Vaccarezza: "Existe uma preocupação de alguns deputados de não concluir o trabalhos" (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 14h54.

Brasília – Sem consenso, o grupo de trabalho da Câmara dos Deputados sobre reforma política marcou para a próxima quinta-feira (29) o início da votação de propostas. Hoje (22), na quarta reunião do colegiado, vários membros demonstraram preocupação com o andamento dos trabalhos, forçando o coordenador do grupo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), a mudar o cronograma inicial.

A intenção do petista era promover mais uma audiência pública na próxima reunião do grupo, além das duas já feitas. A ideia foi criticada pelos demais integrantes sob o argumento de que várias audiências foram realizadas, recentemente, por uma comissão que também tentou aprovar um parecer sobre a reforma política e não obteve apoio necessário.

“Existe uma preocupação de alguns deputados de não concluir o trabalhos, de fazemos um grupo e ele terminar como o outro que sequer votou dentro da própria comissão. Esse aqui vai ter uma proposta de reforma política”, disse Vaccarezza.

Hoje, o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), nomeado relator do grupo, apresentou um relatório com quatro tópicos. No documento, ele propõe a adoção de um sistema eleitoral misto – proporcional e majoritário – com a criação de distritos, obrigação de eleições primárias nos partidos, limite de doação para as campanhas eleitorais e maior transparência nos gastos e medidas para reduzir os gastos com propaganda e prevenir a compra de votos.

O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), membro do grupo, defendeu que o colegiado inicie o processo de votação das propostas por temas que já estejam “cristalizados” e que enfrentem menor resistências, como o fim da reeleição para cargo no Executivo.

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