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Câmara aprova urgência de projeto para reter arma de quem agride mulher

Desde o início da nova legislatura já foram protocolados mais de 20 projetos que abordam o tema sobre violência contra mulher

A posse e o porte de armas têm sido objeto de amplo debate público no Brasil (Ioannis Tsotras/Getty Images)

A posse e o porte de armas têm sido objeto de amplo debate público no Brasil (Ioannis Tsotras/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 09h54.

Brasília - A Câmara aprovou nesta segunda-feira, 25, pedido da deputada Flávia Arruda (PR-DF) para a criação de uma Comissão Temporária Externa destinada ao acompanhamento dos casos de violência doméstica contra a mulher e feminicídio no País.

A deputada quer verificar como os Estados estão atuando, quais são as políticas implementadas, quais os recursos destinados para este enfrentamento, se há ou não orçamento garantido para a execução dessas políticas de forma permanente.

"Ademais, há necessidade de verificar quais são as políticas públicas de acolhimento às vítimas", afirma a deputada na justificativa do projeto. A parlamentar quer visitar os Estados com os maiores números de notificação: São Paulo, Rio, Bahia e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, em média, uma mulher é vítima de feminicídio no Estado de São Paulo a cada dois dias e meio.

Em 2018, 148 assassinatos foram registrados já no boletim de ocorrência como derivados de violência doméstica ou por "menosprezo ou discriminação à condição de mulher".

Arma de fogo

Também nesta segunda-feira, os deputados aprovaram a urgência para o projeto do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que determina ao juiz do caso de violência contra a mulher ordenar a apreensão de arma de fogo eventualmente registrada em nome do agressor.

Desde o início da nova legislatura já foram protocolados mais de 20 projetos que abordam o tema sobre violência contra mulher.

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