Brasil

Câmara aprova reforma de Temer que extingue ministérios

Câmara dos Deputados aprovou a reforma administrativa de Michel Temer que extingue secretarias e ministérios e cria novas pastas


	Câmara dos Deputados: parlamentares do PT e do PMDB trocaram críticas durante votação
 (Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)

Câmara dos Deputados: parlamentares do PT e do PMDB trocaram críticas durante votação (Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2016 às 06h39.

Brasília - Depois de um debate acalorado, a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta terça-feira (30) a primeira medida provisória editada pelo presidente da República em exercício, Michel Temer, que trata da reforma administrativa da Esplanada dos Ministérios.

Agora, o texto segue para a análise do Senado Federal, onde precisa ser votado até 8 de setembro para não perder a validade.

Na reforma administrativa promovida por Temer, foram extintos a Secretaria de Portos, a Secretaria de Aviação Civil, a Controladoria-Geral da União, o Ministério das Comunicações, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência e as pastas de Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulheres.

Temer também criou o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle e desistiu de extinguir o Ministério da Cultura, depois de intensa mobilização da classe artística. O interino também deve ressuscitar o Desenvolvimento Agrário, caso seja efetivado na Presidência da República.

A discussão sobre a reforma administrativa dominou boa parte da sessão na Câmara, com petistas e peemedebistas trocando críticas.

"Isso é uma brincadeira com o interesse nacional, isso é uma piada diante do interesse do povo brasileiro", criticou a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que chefiou a Secretaria de Direitos Humanos durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff.

"Jogam as pastas importantes nos lugares da invisibilidade para que o povo não perceba o roubo dos nossos direitos", completou a parlamentar.

As críticas da petista foram rebatidas no mesmo tom pelos peemedebistas. "A dor do fim deste governo é a dor de perder a mamata, de surrupiar dinheiro público", disparou o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS).

Para Hildo Rocha (PMDB-MA), a medida provisória "promove a reforma do Estado brasileiro sem extinguir nenhuma política pública já em execução em nosso País".

Na avaliação do deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), a economia de Temer é "mínima" com as mudanças. "É mais importante o dinheiro ou as pessoas do País?", questionou o pedetista.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosLegislaçãoPolítica no BrasilSenado

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP