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SP prevê crianças acima de 5 anos vacinadas em 3 semanas; veja calendário

Promessa foi feita pelo governador de São Paulo, João Doria, na tarde desta quinta-feira, 20, logo após a Anvisa liberar a Coronavac para crianças

Vacinação de crianças contra a covid-19. (Estado de São Paulo/Flickr)

Vacinação de crianças contra a covid-19. (Estado de São Paulo/Flickr)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 20 de janeiro de 2022 às 15h35.

Última atualização em 20 de janeiro de 2022 às 16h12.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse, nesta quinta-feira, 20, que o estado vacinará todas as crianças acima de 5 anos, com pelo menos a primeira dose contra a covid-19, em três semanas. A promessa veio poucas horas depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a vacina Coronavac para crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos.

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"Garantimos a partir de amanhã [sexta-feira, 21], no sistema público de saúde, nos 5.500 pontos, a vacinação de crianças a partir de 5 anos. Na faixa etária de 5 anos, receberão o imunizante da Pfizer, e, a partir de 6 anos, podem receber também a Coronavac", disse Doria em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira.

Na ocasião, foram vacinadas, de forma simbólica, as primeiras crianças com o imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

A imunização no estado de São Paulo é voltada a crianças com comorbidades, indígenas e quilombolas. Também podem se imunizar crianças entre 9 e 11 anos. A partir do dia 31 de janeiro, começa a vacinação para a faixa etária entre 5 e 8 anos.

Calendário

(Governo de SP/Reprodução)

Anvisa liberou Coronavac para crianças

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nesta quinta-feira, 20, a aplicação da vacina contra a covid-19 Coronavac para crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, com exceção dos imunocomprometidos. O pedido, feito do Instituto Butantan, abrangia crianças a partir de 3 anos, mas, segundo o órgão, faltam dados para uma autorização maior.

A decisão foi unânime dos cinco diretores da Anvisa. Este é o segundo pedido que o Instituto Butantan fez ao órgão para o uso emergencial da vacina em crianças e adolescentes. O primeiro, em agosto do ano passado, foi negado pela falta de dados dos estudos realizados com a população pediátrica.

Segundo Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, faltam informações sobre os estudos com crianças entre 3 e 5 anos. "Nossa sugestão é que somente crianças de 6 a 17 anos sejam vacinadas, desde que não sejam imunocomprometidas. São os dados que temos maior informação e maior sugestão de desempenho. E isso é corroborado pelas sociedades médicas", disse ele durante a reunião da Anvisa, na manhã desta quinta-feira.

SP vai usar 10 milhões de doses

O Instituto Butantan tem 15 milhões de doses da vacina contra a covid-19 para o uso em crianças e adolescentes prontas para serem distribuídas aos estados. Segundo o presidente do Butantan, Dimas Covas, ainda não há nenhum acordo para o fornecimento da vacina pediátrica ao Ministério da Saúde, mas o laboratório paulista “está aberto” a firmar novos acordos com o governo federal.

Na conta do Butantan, 10 milhões estão reservadas ao governo de São Paulo — que pretende vacinar todas as crianças do estado — e as outras 5 milhões podem ser distribuídas ao governo federal e da mesma forma a outros estados. Por enquanto, não há compra por parte de outras unidades federativas.

Por enquanto, o governo federal só adquiriu vacina pediátrica da Pfizer. O Ministério da Saúde já recebeu aproximadamente 2,5 milhões de doses, e um novo lote, com 1,8 milhão, está previsto para chegar no dia 24 de janeiro.

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