Recife: Cais José Estelita está ocupado há 21 dias por cerca de 40 pessoas (Brian Snyder / Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2014 às 18h38.
Brasília - Em <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/recife">Recife</a></strong>, um grupo propõe atividades alternativas aos jogos da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/copa-do-mundo">Copa do Mundo</a></strong> no Cais José Estelita, na região histórica da cidade. Cerca de 100 pessoas discutem as violações de direitos humanos na preparação para o Mundial e também o que querem para a própria cidade.</p>
O Cais José Estelita está ocupado há 21 dias por cerca de 40 pessoas que querem impedir que o local seja demolido para a construção de edifícios, como parte do projeto Novo Recife. "Trata-se de uma anti-Fifa Fan Fest. Estamos fazendo uma roda de diálogos sobre a Copa, sobre as comunidades removidas e o Novo Recife, o modelo de desenvolvimento do Brasil que se apresenta tanto no nível macro, dos grandes eventos e micro, na cidade de Recife", disse Artur Maia, um dos ocupantes do Estelita.
"Além de importante urbanisticamente, [Estelita] é uma área com valor histórico e paisagístico", explica Maia. "Tem potencial de ser polo de integração da cidade, local de encontro, para facilitar a circulação no Recife. Ser um polo de diversão e aprendizado".
As atividades, que são abertas, começaram por volta14h e seguem até a noite, com a apresentação do grupo de coco Xexéu de Bananeira.
"Todas as insatisfações populares resumidas em uma só frase: Não Vai Ter Copa! Realmente, pra quem não vai ter acesso as áreas de exclusão da Fifa, pra quem vai assistir a copa somente pela TV, tanto faz se a Copa é no Brasil, na Inglaterra ou no Japão. Entretanto, as consequências nefastas dessa Copa no Brasil, essas sim, já são sentidas e continuarão a ser após o evento", diz a descrição do evento no Facebook.