Sérgio Cabral: investigação da força-tarefa do Ministério Público Federal apura pagamento de vantagens indevidas a Sérgio Cabral (VEJA.com/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de novembro de 2016 às 14h47.
Última atualização em 18 de novembro de 2016 às 16h35.
São Paulo - A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio informou no fim da noite desta quinta-feira, 17, que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) "deu entrada na Cadeia Pública José Frederico Marques, porta de entrada no sistema".
Segundo a pasta, o peemedebista em seguida foi para Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, ambas no Complexo de Bangu.
"Cabe ressaltar que a última unidade é destinada a pessoas que possuem nível superior", informou. De acordo com a nota da secretaria, o cardápio de almoço e jantar é composto por: arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco.
"O desjejum é composto por pão com manteiga e café com leite. Já o lanche é um guaraná e pão com manteiga ou bolo", diz a nota.
"A Seap informa ainda que todos os internos do sistema penitenciário fluminense são tratados de forma igualitária, com direito a banho de sol, refeições e visitas após o cadastramento." A Secretaria informou que o "tamanho das celas são (sic) de acordo com o que determina a Lei de Execuções Penais". A área mínima, segundo a legislação, é de 6m².
A investigação da força-tarefa do Ministério Público Federal apura pagamento de vantagens indevidas a Sérgio Cabral, em decorrência do contrato celebrado entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras, sobre as obras de terraplenagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Já a força-tarefa da Lava Jato, no Rio, investiga corrupção na contratação de diversas obras conduzidas no governo do peemedebista, entre elas, a reforma do Maracanã para receber a Copa do Mundo de futebol de 2014, o PAC Favelas e o Arco Metropolitano, financiadas ou custeadas com recursos federais.
De acordo com a Procuradoria, apura-se, que, além das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, outras empresas consorciadas para a execução das obras também teriam efetuado pagamentos de valores solicitados a título de propina, em patamar preliminarmente estimado em R$ 224 milhões.