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Cabral ficou pouco tempo no IML do Rio e seguiu para Bangu

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral está a caminho do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu

Cabral: ele foi preso pela manhã acusado de participar de esquema de propinas envolvendo empreiteiras no Rio (foto/Getty Images)

Cabral: ele foi preso pela manhã acusado de participar de esquema de propinas envolvendo empreiteiras no Rio (foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 19h42.

Última atualização em 17 de novembro de 2016 às 20h34.

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral foi transferido na noite de hoje (17) para o Complexo Prisional de Gericinó, após passar por exame no Instituto-Médico Legal (IML).

Cabral foi preso por volta das 6h pela Polícia Federal como parte da Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato. O ex-governador ficou cerca de 11 horas na sede regional da Polícia Federal no Rio.

Cabral deverá ficar na unidade de Bangu 8, em Gericinó, reservada para presos com nível superior.

Fogos e espumante

Na porta do complexo, cerca de 30 pessoas aguardava a chegada do comboio. Ao avistarem os carros da PF, o grupo soltou fogos e estourou um espumante.

Operação Calicute

O ex-governador teria recebido propina de construtoras em seus dois mandatos, entre 2007 e 2014, afirmarama Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal.

Segundo as investigações, o ex-governador chefiava um esquema de corrupção que cobrou propina de construtoras, lavou dinheiro e fraudou licitações em grandes obras no estado realizadas com recursos federais.

De acordo com Ministério Público Federal, Sérgio Cabral chegou a receber R$ 350 mil de "mesada" da Andrade Gutierrez e R$ 200 mil da Carioca Engenharia que, no segundo mandato, aumentou o pagamento para R$ 500 mil.

As investigações começaram em julho, a partir de informações colhidas em acordos de delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia.

A PF e o MPF se concentraram na apuração de irregularidades em três obras, cada uma orçada em mais de R$ 1 bilhão: a reforma do Maracanã para a Copa de 2014, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Favelas e o Arco Metropolitano.

A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, por sua vez, investigou a contratação da Andrade Gutierrez para a obra de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).

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