Sérgio Cabral: sobre o Maracanã, o ex-governador afirmou que "não é um elefante branco, mas o melhor estádio do planeta" (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2014 às 15h43.
Rio - No discurso de despedida do governo do estado do Rio, que ocupou por sete anos e três meses, Sérgio Cabral (PMDB) disse que fez uma "revolução silenciosa", rebateu críticas como a dos gastos excessivos com a obra do Maracanã e anunciou a intenção de disputar um cargo eletivo em outubro, sem especificar se a deputado ou a senador.
"Coloco meu nome a disposição dos nossos aliados, nosso partido, nossa base. Meu nome é colocado por uma causa: avançar, avançar, avançar. E o nome para avançar chama Luiz Fernando Pezão", afirmou Cabral, citando seu sucessor, a quem transmitiu o cargo em solenidade no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado.
Cabral disse ter encontrado um "quadro tenebroso" ao assumir o governo em janeiro de 2007. O agora ex-governador defendeu a política das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e agradeceu à presidente Dilma Rousseff (PT) por ter enviado tropas federais para o Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense.
"O programa das UPPs não é um fim em si mesmo, não nasce por acaso. Nasce de um processo de mudança, de conceito que levou o Rio a ganhar respeitabilidade internacional", discursou.
Sobre o Maracanã, o ex-governador afirmou que "não é um elefante branco, mas o melhor estádio do planeta".
Pezão, em seu discurso, atacou, sem citar, o senador petista Lindbergh Farias, pré-candidato ao governo do Estado que tem feito muitas críticas à administração de Cabral.
"É cascata e covardia quando falam que o metrô para a Barra da Tijuca é para rico. Quem usa é a empregada doméstica, o trabalhador, que vai sair da Pavuna (bairro periférico da zona norte) para trabalhar na Barra. Cascata dizer que os trens estão sucateados. Toda a frota será renovada até março de 2015. Se isso não é para pobre, é para quem?", disse Pezão.
O novo governador prometeu a Cabral "percorrer cada pedacinho desse Estado, de cabeça erguida, defendendo o governo".