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Ação de PMs que arrastaram mulher foi desumana, diz Cabral

Governador classificou como "abominável" a conduta dos três policiais envolvidos na morte de Claudia Silva Ferreira


	Governador do Rio, Sérgio Cabral: "é uma sensação de choque e de repugnância. O que vimos foi uma atitude completamente desumana", disse
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Governador do Rio, Sérgio Cabral: "é uma sensação de choque e de repugnância. O que vimos foi uma atitude completamente desumana", disse (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 20h46.

Rio - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) classificou como "abominável" a conduta dos três policiais envolvidos na morte de Claudia Silva Ferreira, de 38 anos. Para ele, os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo, e sargento Alex Sandro da Silva Alves, agiram de forma "desumana" e responderão pelos crimes cometidos. Eles estão presos em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste.

"É uma sensação de choque e de repugnância. O que vimos foi uma atitude completamente desumana desde o atendimento, (a forma como) ela foi colocada (no porta-malas da Blazer), a barbaridade da queda... Enfim, uma cena absolutamente abominável, que não ficará impune. Eles já estão presos e vão responder por essa barbaridade", afirmou Cabral nesta terça-feira, 18. O governador estava em Nilópolis, na Baixada Fluminense, onde acompanhava o início da operação de um trem da concessionária Supervia.

Moradora do Morro da Congonha, em Madureira, zona norte, a auxiliar de serviços gerais levou dois tiros, um no peito e outro no pescoço. Ainda na comunidade, ela foi colocada no porta-malas de uma blazer, segundo os policiais, para "ser socorrida" no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, zona norte. No trajeto, o porta-malas abriu, o corpo de Claudia ficou preso pela roupa e foi arrastado por, pelo menos, 350 metros, como mostra novo vídeo divulgado nesta terça pelo jornal Extra.

"(Ser expulsos da corporação) é o mínimo (que pode acontecer), mas é evidente que eles têm direito de defesa. (A atitude deles) é algo que não condiz com a maioria da PM, que repudia isso. O que vimos foi absolutamente desumano, mas não abala a confiança da população na polícia".

Machado, Archanjo e Alves prestaram depoimento na Auditoria de Justiça Militar na tarde desta terça-feira. Eles foram presos em flagrante e responderão a dois inquéritos policiais.

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