Cabo Daciolo no primeiro debate da Band (Band/Youtube/Reprodução)
Agência O Globo
Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 13h56.
Última atualização em 16 de dezembro de 2021 às 14h00.
O ex-deputado federal Cabo Daciolo (PMB-RJ) desistiu da pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de 2022 e declarou que vai apoiar Ciro Gomes (PDT). O anúncio foi feito em um vídeo publicado por Daciolo na manhã desta quinta-feira, em que ele diz, em tom emocionado, que recebeu um "pedido do espírito santo" para apoiar o pedetista.
— Pré-candidato à presidência da República Ciro Gomes. Irmãozão, no dia da eleição, em 2022, na contagem dos votos, se você tiver um voto lá, saiba que que esse voto foi do Cabo Daciolo — diz o ex-deputado no vídeo gravado no saguão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
O ex-bombeiro militar diz que atendeu um chamado divino para tomar a decisão de apoiar Ciro.
— Eu não sei por quê eu estou fazendo isso. Eu sei que o criador está mandando eu falar isso pra você — afirma Daciolo com a voz embargada.
O pedetista usou seu Twitter para publicar uma mensagem de agracecimento pelo apoio:
"Obrigado, Cabo Daciolo pelas palavras carinhosas e o abraço fraterno de ontem. Que Deus ilumine nossos passos", postou.
Na quarta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra Ciro Gomes e seu irmão, o ex-governador do Ceará Cid Gomes, para apurar um suposto esquema de corrupção envolvendo obras da Arena Castelão. O pré-candidato a classicou a ação como "abusiva" e recebeu apoio de políticos de esquerda, incluindo do ex-presidente Lula (PT).
Sexto colocado na corrida eleitoral à Presidência da República em 2018 — e campeão de memes com seu bordão "Glória a Deus" — Cabo Daciolo se filiou em outubro ao PMB, que será rebatizado como Brasil 35. Na ocasião, ele afirmou que iria se lançar como candidato novamente em 2022.
Em 2018, o ex-deputado concorreu pelo Patriota e teve 1,3 milhão de votos (1,26% do total). Ele terminou à frente de nomes como Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) — que investiu R$ 54 milhões do própio bolso em sua campanha.