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Butantan recebe nesta semana 2 milhões de doses da vacina contra covid-19

O Instituto Butantan tem um acordo com o laboratório chinês Sinovac para receber um total de 46 milhões de doses da vacina contra o coronavírus

Carregamento chegou na manhã desta segunda-feira ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. (Estado de São Paulo/Divulgação)

Carregamento chegou na manhã desta segunda-feira ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. (Estado de São Paulo/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 28 de dezembro de 2020 às 14h47.

Última atualização em 28 de dezembro de 2020 às 15h02.

O Instituto Butantan recebe nesta semana dois lotes da vacina contra a covid-19 do laboratório chinês Sinovac. O primeiro chegou na manhã desta segunda-feira, 28, com 500 mil doses. O segundo chega na próxima quarta-feira, 30, com 1,5 milhão de doses do imunizante. Estes dois lotes são da vacina já pronta. O imunizante ainda não tem registro no Brasil.

Na semana passada, o Butantan recebeu a maior carga de vacinas, com 5,5 milhões de doses. Neste lote estavam 2,1 milhões prontas para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses que serão envasadas no complexo fabril do Instituto.

"Chegamos ao fim de 2020 com aproximadamente 11 milhões de vacinas em solo nacional, garantindo o compromisso do Butantan em viabilizar o imunizante para a população brasileira para que, assim que registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa], possa ser iniciada a vacinação”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

O contrato entre o governo de São Paulo e o laboratório chinês Sinovac tem um custo de 90 milhões de dólares. O total de doses compradas é de 46 milhões, sendo 6 milhões já prontas e outras 40 milhões formuladas pelo Butantan, a partir de matéria-prima enviada diretamente da China. O acordo ainda prevê a transferência de tecnologia.

Na semana passada, o Butantan adiou a divulgação dos resultados dos testes de eficácia da vacina. Em entrevista à rádio CBN transmitida na noite de quinta-feira, 24, o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que os primeiros ensaios mostraram eficácia acima de 50%, o mínimo exigido pela Anvisa.

Ainda de acordo com Dimas Covas, os resultados serão unificados com os outros países que também fazem testes, como Turquia e Indonésia. Com todos os dados juntos, o Butantan vai solicitar o registro à Anvisa. Todo este processo deve ser concluído até a semana que vem.

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