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Butantan pede à Anvisa autorização para uso de mais 4,8 milhões de doses

No protocolo de uso emergencial, o pedido é feito para lotes específicos, por isso há a necessidade de fazer uma nova solicitação

Vacina da Sinovac. (Nicolas Bock/Bloomberg)

Vacina da Sinovac. (Nicolas Bock/Bloomberg)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 18 de janeiro de 2021 às 13h19.

Última atualização em 18 de janeiro de 2021 às 14h16.

O Instituto Butantan fez, nesta segunda-feira, 18, um novo pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da vacina contra a covid-19. No protocolo de uso emergencial, o pedido é feito para lotes específicos e, por isso, há a necessidade de fazer um povo pedido. O protocolo analisado no domingo, 17, contemplava cerca de 6 milhões de doses. O prazo limite para a Anvisa analisar este novo pedido é de dez dias.

De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, o pedido desse segundo lote poderia ser feito junto com o primeiro, mas foi adiado a pedido da Anvisa. Ainda segundo ele, os documentos são muito similares e, por isso, o aval deve ser concedido de forma rápida.

“Esperamos que desta vez a decisão seja emitida no mais curto espaço. Isso vai dar uma celeridade. Podemos ter essa disponibilidade para distribuir”, disse ele em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 18.

A Anvisa informou, no começo da tarde desta segunda, que já recebeu o pedido e ainda analisa os documentos.

O Butantan já tem em estoque insumo para produzir mais essas 4,8 milhões de doses. Ainda depende de autorização de exportação de matéria-prima para a produção de mais 35,2 milhões de doses até março. Há também a possibilidade de ampliar a fabricação e incluir mais 56 milhões de doses, como prevê o acordo entre o Butantan e o Ministério da Saúde.

No fim de 2020, o Butantan prometeu ampliar a capacidade e produzir 1 milhão de doses da vacina por dia. Segundo Dimas Covas, a fábrica está pronta para produzir este volume, mas ainda depende de mais insumos vindos da China.

Nesta segunda-feira, o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, esteve no Centro de Distribuição Logística do Ministério da Saúde, em Guarulhos, para onde foram mandadas as 4,6 milhões de doses da vacina do Butantan. Pazuello se encontrou com governadores, e as doses já foram distribuídas aos estados.

O restante, cerca de 1,3 milhão, foi distribuído diretamente pelo governo de São Paulo aos municípios do estado. Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), o governo federal distribui o imunizante aos estados, que têm a obrigação de distribuir aos municípios.

Vacinação em SP começou nesta segunda

O estado de São Paulo iniciou a campanha de vacinação contra a covid-19 a partir da segunda-feira, 18. Apenas profissionais de saúde e indígenas participam desta etapa, que terá esquema diferente a partir do dia 25 de janeiro.

Para organizar toda a logística de vacinação, o governo estadual lançou um portal www.vacinaja.sp.gov.br para fazer um pré-cadastro e orientar sobre dias, horários e locais de vacinação. O cadastro não é obrigatório e também não é um agendamento. As equipes de saúde vão utilizar a plataforma para organizar a imunização e evitar aglomerações.

Nesta primeira semana, a vacinação no estado será feita apenas nos Hospitais das Clínicas da capital paulista e de Ribeirão Preto (USP), HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).

 

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