Brasil

Butantan entrega mais 1,5 mi de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde

Em entrevista coletiva, Rodrigo Garcia, prefeito de São Paulo, disse que o ritmo de vacinação no Estado está "acelerado" e os índices de internação, casos e óbitos continuam em queda

Instituto Butantan pretende continuar a oferecer as vacinas contra a covid-19 a Estados e países da América Latina, após finalizar o contrato de entrega de 100 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde. (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

Instituto Butantan pretende continuar a oferecer as vacinas contra a covid-19 a Estados e países da América Latina, após finalizar o contrato de entrega de 100 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde. (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de julho de 2021 às 14h29.

Última atualização em 21 de julho de 2021 às 16h53.

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), acompanhou na manhã desta quarta-feira, 21, a entrega de mais 1,5 milhão de doses da Coronavac, vacina contra covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Com o novo lote, o governo paulista já totaliza 57,649 milhões de doses da vacina entregues ao Ministério da Saúde.

Em entrevista coletiva, Garcia disse que o ritmo de vacinação no Estado está "acelerado" e os índices de internação, casos e óbitos continuam em queda. Diante do cenário, o vice-governador avalia que "a pandemia está perdendo força por causa da vacinação, mas não significa que a população deve abaixar a guarda".

Segundo ele, na próxima semana, deve ser anunciada ou a prorrogação da Fase Emergencial no Estado, que se estende até 31 de julho, ou a manutenção das regras sanitárias. "A expectativa é a de não ter que ampliar as restrições, pelo contrário, de ter estudos de avaliar as flexibilizações já colocadas pelo Plano São Paulo", declarou.

O secretário estadual de Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn, ponderou que, apesar dos casos registrados no Estado pela variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, São Paulo utiliza um sistema de amostragem aleatória para identificar a disseminação dos casos decorrentes pelas cepas. "Não tenho dúvida de que toda essa estratégia de prevenção mais essa estratégia de identificação eventual de cepas garantirá a proteção dos brasileiros no Estado", afirmou o secretário.

De acordo com Gorinchteyn, foram identificadas 642 mil pessoas que não tomaram a segunda dose dos imunizantes no Estado. O secretário, então, reforçou o pedido para que as pessoas recorram à segunda dose. "Para que haja proteção, deve ter as duas doses nos prazos que são estabelecidos pela própria ciência", afirmou.

Doses extras da Coronavac

Garcia ainda comentou que o Instituto Butantan pretende continuar a oferecer as vacinas contra a covid-19 a Estados e países da América Latina, após finalizar o contrato de entrega de 100 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde. Segundo ele, "vários governadores e prefeitos demonstraram interesse e há grande expectativa de que o Butantan vai continuar sendo fundamental na produção de vacina".

O diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que, de concreto, apenas o Espírito Santo e o Ceará demonstraram interesse para a compra de doses extras do imunizante. A expectativa, conforme aponta, é que no início de setembro, outros Estados e países latino-americanos façam contato com o instituto.

  • Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.
Acompanhe tudo sobre:CoronavírusInstituto ButantanVacinas

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe