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Butantan entrega 1,1 mi de doses ao PNI; novas remessas dependem de IFA

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o atraso no recebimento dos insumos é devido a "entraves diplomáticos" causado pelas declarações "desastrosas" feitas pelo governo federal contra a China

 (Amanda Perobelli/Reuters)

(Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2021 às 12h16.

Última atualização em 14 de maio de 2021 às 12h47.

O governo do estado de São Paulo entregou nesta sexta-feira, 14, novo lote de 1,1 milhão de doses da Coronavac para o Ministério da Saúde, totalizando a entrega de 47,212 milhões de doses da vacina disponibilizadas à pasta. Como havia informado o governador João Doria (PSDB), com esta entrega, o governo do estado de São Paulo zera o estoque de insumos disponíveis no Instituto, e suspende completamente a produção da vacina por falta de matéria-prima.

Doria voltou a ressaltar que o atraso no recebimento dos insumos é devido a "entraves diplomáticos" causado pelas declarações "desastrosas" feitas pelo governo federal contra a China. Segundo o governador, os 10.000 litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) que o país espera receber do governo chinês seriam suficientes para produção de mais 18 milhões de doses da Coronavac.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, com a suspensão da produção de vacinas, a programação de entrega dos imunizantes ao Ministério da Saúde sofrerá um atraso em maio que poderá ser recuperado em junho, a depender da liberação dos insumos.

Covas também afirmou que conversou com autoridades chinesas que declararam que ainda não houve a liberação do IFA, mas, que com a notícia de que Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) receberá um novo lote da matéria-prima no dia 22 de maio, ele espera receber uma boa notícia com relação ao tema nos próximos dias.

Apelo

Doria também fez um apelo às autoridades chinesas para a liberação do IFA, afirmando que "os brasileiros não pensam como o presidente da República do Brasil". A fala foi reforçada pela coordenadora geral do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, que disse ser necessário que o governo brasileiro "de fato, tome uma atitude" para destravar a liberação dos insumos.

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