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Butantã vai pedir uso emergencial de vacina e cogita antecipar imunização

Como a Anvisa estabeleceu 10 dias para avaliação de uso emergencial, seria possível ter a autorização até o dia 15 de janeiro

Coronavac: "declaramos que iríamos fazer o pedido de registro, vamos fazer o pedido de registro na China e no Brasil" (Thomas Peter/Reuters Brazil)

Coronavac: "declaramos que iríamos fazer o pedido de registro, vamos fazer o pedido de registro na China e no Brasil" (Thomas Peter/Reuters Brazil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 14h50.

Última atualização em 17 de dezembro de 2020 às 15h08.

O diretor do Instituto Butantã, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira, 15, que também será pedido o uso emergencial da vacina Coronavac na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 23 de dezembro. Como a Anvisa estabeleceu 10 dias para avaliação de uso emergencial, seria possível ter a autorização até o dia 15 de janeiro. Os dados sobre a eficácia da vacina ainda não foram divulgados.

"Declaramos que iríamos fazer o pedido de registro, vamos fazer o pedido de registro na China e no Brasil. Vamos também dar entrada no pedido de uso emergencial no Brasil. Se fizermos isso na semana que vem, como está programado, no dia 23, isso significa que na primeira semana de janeiro poderemos ter uma manifestação da Anvisa. Ou seja, a partir de janeiro, é possível que tenhamos autorização para uso da vacina. A partir do dia 15, portanto, teremos, nesse cronograma 9 milhões de doses para serem usadas nos brasileiros", disse Dimas Covas

"Se ocorrer dentro do manifestado pelas autoridades federais, o cronograma de início de vacinação em janeiro poderá acontecer a partir de 15 de janeiro, pela disponibilidade das vacinas. Elas estarão prontas para serem usadas", afirmou o diretor do Butantã em coletiva de imprensa. "A vacina não pode ficar na prateleira."

Na segunda-feira, 14, quando o governo paulista anunciou o adiamento da divulgação do resultado de eficácia da vacina Coronavac, argumentou que esse adiamento seria feito para solicitar o registro definitivo da vacina, o que facilitaria a aprovação do imunizante.

"Nós mudamos a nossa estratégia, que até semana passada era solicitar o uso emergencial com os dados de análise parcial. Dada a conjuntura e uma possível dificuldade com relação à própria velocidade da Anvisa, mudamos de estratégia e vamos pedir o uso definitivo na China e no Brasil ao mesmo tempo", declarou Dimas Covas no dia 14. Nesta quinta-feira, porém, o Butantã disse que também vai pedir o uso emergencial, mas manteve a divulgação da eficácia na semana que vem.

O governador João Doria (PSDB) disse que a data antes divulgada de início da vacinação em 25 de janeiro continua sendo a data prevista para inicio da imunização. "Se pudermos iniciar antes, ótimo, é o que mais desejamos. Estabelecemos esse prazo para não atropelar o rito da Anvisa, mas se houver um rito mais rápido, quanto mais rápido melhor. Estaremos preparados para fazer a imunização em São Paulo."

O governo paulista também disse que aguarda até esta sexta-feira 18, um pedido formal do Ministério da Saúde para a compra da vacina do Butantã e inclusão do imunizante no plano nacional de vacinação, mas afirmou que, mesmo que o governo federal estabeleça início da vacinação em fevereiro, São Paulo mantém a previsão de começar a vacinar em janeiro.

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