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Buscas por desaparecidos de naufrágio no Pará são retomadas

Uma balsa e embarcações da prefeitura de Porto Moz, além de lanchas do Corpo de Bombeiros, estão sendo utilizadas na operação

Embarcação: foi ancorada próxima da margem do rio com o apoio de uma balsa para facilitar o trabalho de procura por corpos (TV Liberal/Reprodução)

Embarcação: foi ancorada próxima da margem do rio com o apoio de uma balsa para facilitar o trabalho de procura por corpos (TV Liberal/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 10h16.

Nove dos dez corpos resgatados da embarcação Capitão Ribeiro, que naufragou na noite de terça-feira (22), no Rio Xingu, entre as cidades de Porto de Moz e Senador José Porfírio, no sudoeste do Pará, já foram liberados pela equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. O corpo de um homem, conhecido como Sebastião, a décima vítima, ainda aguarda oficialmente pelo reconhecimento da família.

As equipes mantiveram as buscas às vítimas até o fim da tarde de ontem (23), e foram retomadas hoje (24) cedo. Uma balsa e embarcações da prefeitura de Porto Moz, além de lanchas do Corpo de Bombeiros, estão sendo utilizadas na operação. O helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) está apoiando as ações na área de buscas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, a embarcação - com capacidade para 90 a 100 passageiros - foi ancorada próxima da margem do rio com o apoio de uma balsa para facilitar o trabalho de procura por corpos.

A identificação dos mortos está sendo feita no ginásio municipal Chico Cruz por uma equipe de oito profissionais - entre peritos, médico e auxiliares - do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Belém e de Altamira. A embarcação acidentada, que saiu de Santarém, tinha como destino a cidade de Vitória do Xingu.

"Fizemos entrevistas com os familiares a fim de identificar características das vítimas para ajudar no reconhecimento. Contudo, a liberação está sendo agilizada", disse o perito Felipe Sá, coordenador das unidades regionais do Centro de Perícias.

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estadual coordenam as ações de busca, salvamento e atendimento social da sede da Câmara Municipal de Porto de Moz, onde foi instalado um gabinete de crise com a presença das forças de segurança estaduais, poder executivo municipal e demais órgãos envolvidos na operação de resgate das vítimas do naufrágio.

Investigação

A Polícia Civil já ouviu integrantes da tripulação e sobreviventes. O dono da embarcação já foi ouvido na manhã de ontem (23) e informou que 48 pessoas, entre tripulação e passageiros, estavam a bordo.

De acordo com o delegado Elcio de Deus, de Porto de Moz, muitos sobreviventes disseram que a embarcação foi atingida por uma tromba d'água, fenômeno semelhante a um tornado. "A tripulação disse ter visto, no horizonte, algo com o formato de um funil, acompanhado de muita chuva e vento forte, e que teria pego o barco pela popa e o afundado. De acordo com os relatos a embarcação girou e afundou em seguida", informou o delegado.

A Polícia Civil deve solicitar informações à Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) e à Capitania dos Portos sobre a autorização concedida ao dono da embarcação Capitão Ribeiro.

*Com informações do site de notícias do governo do Pará

 

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