"O Bumlai frequentava as festas e aniversários, mas não era 'aquele' amigo do Lula que todo mundo está falando", disse Paulo Okamotto (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2015 às 17h27.
São Paulo - Horas após a Polícia Federal deflagrar a 21ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Passe Livre, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, tentou minimizar a proximidade entre o pecuarista José Carlos Bumlai, preso pela PF, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O Bumlai frequentava as festas e aniversários, mas não era 'aquele' amigo do Lula que todo mundo está falando", disse Okamoto.
O presidente do Instituto Lula é um dos colaboradores mais próximos do ex-presidente há mais de 30 anos e disse ser difícil acreditar que Bumlai tivesse passe livre no Palácio do Planalto durante o governo do petista.
"Isso foi amplamente divulgado pela imprensa mas acho difícil de acreditar. Eu sou mais amigo do Lula do que o Bumlai e precisava me identificar toda vez que ia ao Palácio. Essa história não é crível", afirmou Okamotto.
Segundo ele, o Instituto ainda não tem uma avaliação sobre a nova fase da Lava Jato e está acompanhando o desenrolar dos acontecimentos pela imprensa.
Indagado se Lula é o alvo da PF, ele respondeu: "acho que não. O que a PF está fazendo é investigar. É natural. Cada um sabe o que fez mas a gente não sabe o que as outras pessoas fazem".
Okamotto foi evasivo ao comentar se Bumlai estaria usando indevidamente o nome do ex-presidente paras fazer negócios.
"Quem usa o quê? O jornalista usa a fonte. A polícia usa a testemunha. A pessoa que quer abrir portas usa o nome de uma pessoa importante", disse o presidente do Instituto Lula.