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Brics no Rio: saiba mais sobre os caças com mísseis que vão patrulhar a cidade

Aeronaves, que foram usadas em megaeventos apenas em 2016, também são equipadas com metralhadoras

Duas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano  (Divulgação FAB)

Duas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano (Divulgação FAB)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 3 de julho de 2025 às 09h57.

O esquema de segurança montado para a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) da Cúpula dos Brics no Rio de Janeiro contará com 20 mil militares. Entre os recursos disponíveis para a operação, estão dois modelos de caças equipados com mísseis e metralhadoras.

Um dos objetivos é evitar que aeronaves não autorizadas entrem nas áreas de restrição aérea criadas para proteger representantes de 28 países e sete entidades internacionais, entre os quais o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco dos Brics, que se reunião no Museu de Arte Moderna (MAM) nos próximos dias 6 e 7.

De acordo com a legislação brasileira, em situações extremas, quando os pilotos não cumprirem a orientação dos militares para desviar de rota e pousar por serem considerados uma ameaça à Segurança Pública, as aeronaves podem ser derrubadas. Hoje, essa autorização pode ser dada pelo presidente da República ou pelo comandante da Aeronáutica, após seguir protocolo definido por lei.

Por questões de segurança, o Aeroporto Santos Dumont também será fechado nos dias das reuniões e voos são transferidos para o Galeão; devido a proximidade com o MAM.

A única vez que o Brasil empregou caças armados em um megaevento foi durante a Olimpíada de 2016. Os caças vão patrulhar os céus enquanto outros serão mantidos de prontidão em bases aéreas.

O total de caças que será empregado não foi divulgado por razões de segurança. Um dos modelos é o F5EM, capaz de chegar a 1960 Km\H e tem autonomia de 1.814 quilômetros. De fabricação americana e modernizado pela Embraer, ele opera no país desde os anos 1970, de acordo com informações do site da Força Aérea Brasileira (FAB).

Ao todo, a frota da FAB a conta com 51 exemplares. O F5-M pode ser equipado com vários modelos de mísseis. Entre eles, um fabricado no Brasil: o Piranha, de curto alcance, que foi o primeiro míssil projetado e construído na América Latina. Um outro modelo de míssel que pode ser usado é o AIM-9 Sidewinder americano , orientado por radiação infravermelha e também de curto alcance.

O outro modelo que será empregado é o A-29 Super Tucano, fabricado pela Embraer, que costuma ser empregado para patrulhar o espaço aéreo da Amazônia.

Com tanques de combustível extra, a aeronave tem autonomia para voar até 2.855 quilômetros, aproximadamente, o equivalente à distância entre o Rio de Janeiro e São Luís (MA). A FAB tem cerca de 60 unidades do modelo, que chega a 590 Km\h.

A aeronave conta com quatro pontos sob as asas e um sob a fuselagem para canhão, metralhadoras, foguetes, bombas e mísseis.

O esquema contará também com jatos do modelo E-99M, conhecido como avião radar. Eles são usados no monitoramento do espaço aéreo.

A GLO começou a valer nesta quarta-feira no Rio. Entre as ausências no encontro de cúpula estão os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin.

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