Sérgio Cabral: neste processo, Cabral foi condenado por corrupção passiva (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 07h27.
Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 07h28.
São Paulo — O ex-governador Sérgio Cabral foi condenado a mais 14 anos de prisão por corrupção. A sentença foi publicada nesta quarta-feira (29), pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.
Neste processo, Cabral foi condenado juntamente com outros réus, responsáveis por atos de corrupção envolvendo compras superfaturadas e licitações direcionadas de produtos hospitalares envolvendo o Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into).
De acordo com o site ConJur, penas somadas do ex-governador já chegam a 280 anos.
Cabral foi condenado por corrupção passiva, pois, no entendimento de Bretas, ele possuía comando hierárquico, como governador. "Principal idealizador dos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos, o condenado Sérgio Cabral foi o grande fiador das práticas corruptas imputadas.
Em razão da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados, ofereceu vantagens em troca de dinheiro. Vendeu a empresários a confiança que lhe foi depositada pelos cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua culpabilidade, maior do que a de um corrupto qualquer, é extrema", escreveu o juiz.
Além dele, foram condenados o ex-diretor do Into e ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes (15 anos de reclusão), o ex-subsecretário de Saúde Cesar Romero, (18 anos de prisão), os empresários Miguel Iskin, (22 anos e nove meses), e Gustavo Estellita, a (19 anos e seis meses), e Luiz Carlos Bezerra, assessor de Cabral, a (4 anos e um mês).
O advogado Márcio Delambert, que defende Cabral, se pronunciou sobre a nova condenação por meio de nota: "A defesa irá recorrer por discordar da pena aplicada. A postura de auxiliar as autoridades será mantida". A reportagem não conseguiu contato com as demais defesas.