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Brasileiros entram na lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza após um mês

Retirada dos 33 cidadãos será feita pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito

Guerra em Israel: ataques do Hamas começaram em 7 de outubro no sul do país (Joédson Alves/Agência Brasil)

Guerra em Israel: ataques do Hamas começaram em 7 de outubro no sul do país (Joédson Alves/Agência Brasil)

Publicado em 10 de novembro de 2023 às 07h50.

Última atualização em 10 de novembro de 2023 às 08h22.

Brasileiros foram incluídos na listagem de estrangeiros autorizados a saírem da Faixa de Gaza na madrugada desta sexta-feira, 10.

A retirada de 33 dos 34 brasileiros retidos em Gaza em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas será feita pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, rumo à capital Cairo.

Em um comunicado divulgado recentemente, o Itamaraty diz: "Inclusão dos brasileiros na lista de hoje de Rafah foi informada ao Ministro Mauro Vieira pelo chanceler de Israel, Eli Cohen, na tarde de ontem. Foi o quarto telefonema entre os Ministros desde os atentados de 7/10".

Segundo publicação nas redes sociais da autoridade responsável pela passagem e pela listagem, os autorizados deveriam estar presentes às 7 horas, no horário local, desta sexta-feira, no hall externo da passagem para facilitar suas viagens.

"Grupo de brasileiros e familiares que estava retido em Gaza já se encontra no posto fronteiriço de Rafah, desde as 7 da manhã, hora local (2 no horário de Brasília), à espera de chamada para os trâmites necessários para a entrada no Egito, e posterior repatriação para o Brasil", acrescentou o Itamaraty. 

Estrangeiros de outros países como Canadá, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Índia, China, Rússia e Nova Zelândia também foram autorizados.

Negociações

A liberação ocorre após promessa do chanceler de Israel, Eli Cohen, ao ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, na quinta-feira. Foram quatro tentativas de uma negociação para a saída dos brasileiros e seis listagens com cerca de 24 países que já haviam conseguido a concessão. Segundo fontes do Itamaraty, o grupo de brasileiros está desde o mês passado em casas alugadas pelo Ministério de Relações Exteriores em Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, à espera de uma definição.

Na última sexta-feira, Israel prometeu incluí-los na lista de autorizações até esta quarta-feira, o que não aconteceu. Cohen justificou a Vieira que não foi possível cumprir a garantia por "fechamentos inesperados na fronteira", segundo o Itamaraty.

Autoridades brasileiras afirmam que um ônibus, medicamentos e alimentos já estavam preparados para o transporte do grupo ao aeroporto do Cairo, no Egito, onde um avião da FAB aguarda para repatriá-los.

O Egito controla a única fronteira de Gaza que não tem limite com Israel, mas o posto de Rafah é submetido a rigorosos controles alfandegários e de pessoas. Após os atentados terroristas do Hamas no dia 7 de outubro, o posto foi fechado e ninguém podia sair ou entrar no território palestino.

No fim de semana, após um acordo negociado com a ajuda do Catar e dos Estados Unidos, o posto foi aberto para a entrada de ajuda humanitária. Na quarta-feira, além da saída de estrangeiros, ambulâncias também recolheram feridos em Gaza.

(Com Estadão Conteúdo)

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