Violência: Datafolha aponta que 43% dos brasileiros, caso pudessem, emigrariam (Ricardo Moraes/Reuters)
Mariana Martucci
Publicado em 2 de agosto de 2018 às 11h32.
Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 11h26.
São Paulo — O Wall Street Journal (WSJ), o jornal de maior tiragem nos Estados Unidos, publicou nesta quinta-feira (2) uma notícia sobre a fuga de brasileiros ricos para o exterior, em decorrência da onda de violência e instabilidade política e econômica que assola o país.
O número de brasileiros que se registraram para votar no exterior cresceu 41% em relação a 2014, segundo dados do governo brasileiro obtidos pelo Wall Street Journal. Ao mesmo tempo, ainda segundo o jornal, a Receita registrou 21.700 pedidos de emigração, número três vezes maior que o de 2011.
A reportagem do Wall Street Journal também aponta para uma diferença entre o fluxo migratório brasileiro e o que ocorre nos países da América Central para os Estados Unidos: os emigrantes brasileiros fazem parte da elite social do país. Segundo o jornal, mesmo morando em condomínios fechados, cercada por seguranças e carros blindados, a elite brasileira diz que não se sente segura.
O jornal destaca que mais de um terço da população brasileira que mora fora do país encontra-se nos Estados Unidos e que Portugal desponta hoje como um "Plano B".
O Wall Street Journal recorda o caso do homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann. O dono da Ambev deixou o país em 1999, após uma tentativa frustrada de sequestro de três de seus cinco filhos, quando eles se deslocavam para escola em São Paulo.
Eles foram salvos graças à habilidade do motorista e da blindagem do carro onde estavam. O fatídico episódio motivou o empresário, que tem ascendência suíça, a sair do país e passar a viver em um vilarejo próximo a Zurique.
O jornal britânico The Guardian publicou hoje uma matéria noticiando o roubo vergonhoso da medalha mais prestigiada na área de Matemática durante um evento no Rio de Janeiro.
Conhecida como o “Nobel da Matemática”, a medalha Fields foi furtada apenas meia hora depois de o professor de Cambridge, Caucher Birkar, ter recebido o prêmio.
A reportagem afirma que o roubo da medalha não foi o único problema. No domingo à noite, um incêndio ocorreu no pavilhão que abrigava o evento, fazendo com que a equipe do turno da noite tivesse de evacuar o local.