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Brasileiros continuam otimistas sobre situação socioeconômica do país

Índice de Expectativas das Famílias de dezembro caiu apenas um ponto em relação ao do mês anterior, passando de 65,6 para 64,6

Apesar da crise no exterior, brasileiros continuam otimistas sobre situação socioeconômica do país (Germano Luders/EXAME)

Apesar da crise no exterior, brasileiros continuam otimistas sobre situação socioeconômica do país (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2011 às 11h00.

Brasília - Os brasileiros permanecem otimistas em relação à situação socioeconômica do país, estudo divulgado hoje (6) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Índice de Expectativas das Famílias (IEF) de dezembro caiu apenas um ponto em relação ao do mês anterior, passando de 65,6 para 64,6.

A pesquisa foi realizada em 3.810 domicílios, em 214 municípios de todos as unidades federativas. Taxas até 20 pontos indicam grande pessimismo; de 20 a 40 , pessimismo; de 40 a 60, moderação; de 60 a 80, otimismo; e de 80 a 100, grande otimismo. De acordo com o Ipea, a ligeira queda do índice foi registrada em todas as regiões, exceto no Sudeste.

O Centro-Oeste voltou a apresentar a maior pontuação em dezembro (70,49) e o Sul permaneceu logo em seguida, alcançando 68,53 pontos. O Sudeste manteve o otimismo em ascensão, atingindo 64,97 pontos. Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste apresentaram quedas significativas no otimismo. No Nordeste, a taxa caiu de 64,67 para 61,82 pontos, e no Norte, de 64,25 para 60,54.

Sobre a situação econômica do país no curto prazo, a pesquisa aponta que 60,4% das famílias acreditam que o Brasil passará por melhores momentos nos próximos 12 meses, índice 3,6 pontos percentuais menor do que o registrado no mês anterior.

Além disso, 57,5% delas esperam o mesmo cenário para os próximos cinco anos. A proporção de famílias que acreditam que o país vai atravessar piores momentos é de 20% e 16,6%, para o curto e médio prazos, respectivamente.

O maior grau de confiança na melhora econômica do país em dezembro foi registrado entre famílias com rendimento de cinco a dez salários mínimos e com ensino médio completo. Diferentemente dos meses anteriores, a expectativa das famílias com menor renda (até 1 salário mínimo e sem escolaridade) ficou um pouco abaixo da registrada no resto da população.

De acordo com o estudo, o otimismo é menor quando se consideram as expectativas em relação ao consumo – 41,2% das famílias acreditam que o atual momento não é ideal para a aquisição de bens de consumo duráveis, enquanto 54,3% creem que o momento é propício para o consumo.

Melhorou para maioria

Segundo o estudo, 77% das famílias brasileiras afirmaram, em dezembro, que estavam melhor financeiramente do que um ano antes, enquanto 19,8% sentiam-se em situação pior. O estudo foi realizado em 3.810 domicílios, em 214 municípios de todas as unidades federativas.

As regiões Centro-Oeste e Norte registraram a maior proporção de famílias que acreditam ter melhorado a sua condição financeira (82,1% e 80,3%, respectivamente), seguidas pelo Nordeste (79,4%). No Sul e Sudeste, a proporção de famílias otimistas é levemente inferior (70,6% e 76%, respectivamente).

A pesquisa revela ainda que 81% das famílias brasileiras acreditam que estarão em melhores condições financeiras daqui a um ano, enquanto 8,2% projetam estar em situação pior.

As expectativas otimistas do conjunto das famílias brasileiras pesquisadas são mais pronunciadas por aquelas com rendimento entre cinco e dez salários mínimos e com ensino médio (completo ou incompleto).

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