Obesidade: brasileiro assume o posto com o desafio de alertar o Brasil e demais países sobre o que já é considerada uma epidemia mundial de obesidade (Ronaldo Schemidt/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2014 às 19h10.
São Paulo - O chefe do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede, com sede no Rio), Walmir Coutinho, acaba de assumir a presidência da Federação Mundial de Obesidade. Coutinho é o primeiro latino-americano a ocupar o cargo, segundo o Portal da Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro
O especialista assume o posto com o desafio de alertar o Brasil e demais países sobre o que já é considerada uma epidemia mundial de obesidade. Na entidade, o médico quer também melhorar o tratamento da doença em escala global. Para isso, será lançada uma campanha de conscientização, ressaltando as consequências da obesidade para a saúde da população. A indicação de um médico da América do Sul é significativa, já que o número de pessoas obesas tem crescido de forma descontrolada, especialmente no Brasil e em países vizinhos como Chile e Peru.
"A obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde como doença crônica e ela passa a ser transmissível quando se reproduz o estilo de vida da sociedade, os hábitos alimentares e os padrões de consumo, como, por exemplo, fast food, sedentarismo e tabagismo", afirmou Coutinho. De acordo com o mapa da obesidade feito pela entidade, mais de 10% dos brasileiros já estão obesos e mais da metade têm excesso de peso. O índice da obesidade infantil é elevado, com cerca de 20% das crianças já com peso excessivo.
"É um mito dizer que a população brasileira é fisicamente ativa. No Rio de Janeiro, por exemplo, os índices de sedentarismo são altíssimos, pois 80% das mulheres estão acima do peso. Os hábitos saudáveis deveriam começar dentro de casa e grandes mudanças se fazem necessárias para que possamos controlar o quanto antes o crescimento da obesidade infantil", completou o especialista.