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Brasil x Bélgica: quem ganha a disputa fora dos gramados

Nesta sexta-feira (6), as nações disputam uma vaga na semifinal da Copa do Mundo de 2018

 (Leonhard Foeger/Reuters)

(Leonhard Foeger/Reuters)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 6 de julho de 2018 às 06h33.

Última atualização em 6 de julho de 2018 às 11h45.

São Paulo – Em fase de mata-mata, Brasil e Bélgica se enfrentam nesta sexta-feira (6) para uma vaga na semifinal da Copa do Mundo 2018.

Essa será a segunda vez que as nações vão se enfrentar nos gramados durante um mundial. Se depender do histórico, a vitória será da seleção brasileira. No duelo de 2002, na Coreia do Sul, os belgas perderam a partida por 2 a 0.

Fora dos campos, no entanto, a realidade é outra. Em termos econômicos, por exemplo, a Bélgica ganha de lavada: o PIB per capita dos belgos é quase três vezes maior em relação ao dos brasileiros.  A tendência é a mesma para outros indicadores:

Consumo de álcool

Se você acha que a Rússia é o país que mais consome bebidas alcoólicas no mundo, engana-se. A fama, na verdade, deveria ser atribuída aos belgos, nação com o maior consumo per capital de álcool por ano.

Levantamento realizado pelo Instituto Ipsos em 2017 mostra que 12,6 litros de álcool puro são consumidos anualmente por pessoa na Bélgica – saldo que colocou o país no topo do ranking. No Brasil, o resultado é melhor: o consumo é de 7,3 litros por pessoa ao ano.

Onde a paz reina

Quando o assunto é paz, a Bélgica ganha de goleada do Brasil. Segundo o Índice Global de Paz (IGP) 2018, que analisa 23 indicadores para ranquear os países mais pacíficos do mundo, a Bélgica está entre as nações com alto nível de paz – com uma pontuação que vai de 1 (mais pacífico) a 4 (menos pacífico), o país garantiu a 21º posição com 1.56 pontos.

Por outro lado, o Brasil aparece na 106ª posição com 2.160 pontos – o pior resultado na última década.

Para chegar ao resultado, o IGP analisou a quantidade de homicídios nos países, a percepção do que é violência para a sociedade, o acesso às armas de fogo e crimes violentos.

Bullying na internet

Em termos de ofensas em meios digitais, Brasil e Bélgica quase empatam. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos com 28 países mostra que 29% dos pais ou responsáveis brasileiros consultados relataram que os filhos já foram vítimas de violência online – colocando o Brasil em segundo lugar entre as nações.

Já a Bélgica aparece em quarto lugar no ranking dos países onde as agressões virtuais são mais frequentes. Por lá, 26% dos pais relataram casos contra os filhos.

Percepção da realidade

O Brasil também desponta em outro ranking nada positivo: ignorância da população sobre a realidade. Levantamento do Instituto Ipsos realizado em 2017 mostrou que quando os brasileiros foram questionados sobre questões como gravidez na adolescência, homicídios ou ataques terroristas, perderam feio quando seu índice de acertos foi comparado com o de outros países.

Por exemplo: interrogados sobre quantas meninas de 15 a 19 anos dão à luz no país, a resposta média dos brasileiros foi de 48% - mas, na realidade, o índice é de 6,7%.  Distorções de percepção como essas colocaram o Brasil em segundo lugar no ranking Ipsos Mori de “Percepção errada da realidade”, atrás apenas da África do Sul.

O cenário na Bélgica, porém, é oposto. Entre os 38 países analisados, o país ficou na 31ª posição. Mais uma vitória para os belgos.

Economia

Entre os indicadores econômicos quem leva também é a Bélgica. O PIB per capita do país é quase três vezes maior do que o brasileiro.

Segundo dados do World Factbook da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, o PIB per capita do Brasil em 2017 foi de 15,5 mil dólares, contra os 46,3 mil da Bélgica.

A taxa de desemprego belga também apresenta um resultado melhor do que a nossa. Por aqui, a estimativa era de 13,1% em 2017 ante 7,5% do oponente.

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