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Brasil vai investir R$ 10 milhões em pesquisas do novo coronavírus

Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, o valor ainda é uma previsão e deve ser aplicado em 2020

Rede Vírus: uma rede de pesquisa envolvendo cientistas e laboratórios para ajudar no enfrentamento de viroses emergentes foi criada pelo Ministério da Ciência (Predrag Popovski/Getty Images)

Rede Vírus: uma rede de pesquisa envolvendo cientistas e laboratórios para ajudar no enfrentamento de viroses emergentes foi criada pelo Ministério da Ciência (Predrag Popovski/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de março de 2020 às 21h39.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, informou nesta segunda-feira (3) que o governo federal prevê investir R$ 10 milhões via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em pesquisas voltadas para o mapeamento e sequenciamento do novo coronavírus.

Segundo Pontes, o valor ainda é uma previsão e deve ser aplicado em 2020. A informação foi divulgada após teleconferência sobre o novo coronavírus com ministros de Ciência e Tecnologia de outros oito países (Alemanha, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Índia, Inglaterra, Itália, Japão e Nova Zelândia).

Em fevereiro, a pasta criou a Rede Vírus, uma rede de pesquisa envolvendo cientistas e laboratórios para ajudar no enfrentamento de viroses emergentes, com foco inicial em coronavírus e influenza. O grupo é formado por especialistas e representantes do Ministério da Saúde, de entidades científicas e de unidades de pesquisa.

O ministro Marcos Pontes afirmou em entrevista aos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC): “A ideia é trabalhar com Ministério da Saúde para colocar recursos para que essa rede possa desenvolver as pesquisas. Certamente vai ajudar em termos de modelamento desse vírus, no mapeamento e no sequenciamento desse genoma e muitas outras possibilidades em termos de tratamento, testes clínicos. Então, o Brasil pode contribuir muito”

A rede de pesquisa será coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e definirá uma agenda de prioridades de pesquisa e ações futuras para auxiliar no combate de viroses no país. A atuação deverá ser restrita ao campo da pesquisa científica, como auxiliar e complementar às iniciativas do Ministério da Saúde.

De acordo com Marcos Pontes, o grupo de ministros de Ciência discutiu sobre formas de trocar informações sobre o novo coranavírus entre os países e como pode haver a colaboração entre os países.

“Nós tratamos de três assuntos: o que estamos fazendo em cada um desses países em termos de pesquisa para auxiliar a parte de saúde propriamente dita. Segundo: como a gente pode trocar dados; e terceiro, como podemos colaborar com os diversos países”, explicou Pontes. O grupo de ministros faz parte do Carnegie Group of Science Advisers, criado em 1991 para reunir anualmente ministros da Ciência de diversos países.

Segundo o ministro, o grupo tem trabalhado no mapeamento e identificação da origem do novo coronavírus.“A pesquisa e o desenvolvimento têm uma série de fatores que trabalham na busca de identificar o vírus, o genoma, o modelamento. Com esse tipo de identificação, a gente consegue ter uma ideia de onde vem, que tipo de vírus a gente recebeu aqui no Brasil. É importante a gente ter a noção dessa propagação”, completou.

A previsão de Pontes é que o grupo mantenha o contato, por teleconferência, semanalmente.

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