Violência urbana: policiais fazem patrulha contra o tráfico na favela da Maré, no Rio de Janeiro (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 15h14.
São Paulo – O Brasil está mais uma vez entre os primeiros lugares em ranking que mede a violência urbana ao redor do mundo. O país é 16º colocado entre os locais com maior taxa de homicídios, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com índice de 25,2 assassinatos para cada 100 mil habitantes, o Brasil se destaca negativamente com número que é quatro vezes maior que a média mundial, de 6,2.
O total de assassinatos registrados em 2012, ano base utilizado na pesquisa, ultrapassou 50 mil.
Na América do Sul, o país só perde para Colômbia (11º colocado mundial, com 30,8) e Venezuela (2º colocado mundial, com 53,7).
No relatório, a ONU afirma que o Brasil é um dos países com a maior estabilidade em relação às taxas registradas ao longo dos anos. Entretanto, ressalta que o número continua muito alto.
“A taxa de homicídio no Brasil é estável e alta, enquanto as taxas na Argentina, Chile e Uruguai são estáveis e baixas, o que dá a estes um perfil mais próximo ao registrado nos países da Europa”, diz o relatório.
A comparação com outras regiões violentas também não é favorável.
Ao contrário do Brasil, “regiões com taxas historicamente altas de homicídio, como a África do Sul, Lesoto, Rússia e países da Ásia Central, estão conseguindo quebrar o seu próprio ciclo de violência e registraram decréscimos em suas taxas”, afirma a ONU.
Além disso, o estudo destaca que a estabilidade na média nacional mascara as mudanças significativas que aconteceram entre os estados.
Enquanto as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro registraram, respectivamente, queda de 11% e 29% entre 2007 e 2011; a taxa de homicídios cresceu quase 150% na Paraíba e em metade do estado da Bahia no mesmo período.
Confira a seguir o relatório na íntegra.