Estudantes em sala de aula: “O Pisa mostra que não estamos parados, estamos caminhando", disse o presidente do Inep, Francisco Soares (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 19h30.
Brasília - O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, disse hoje (1°), que o Brasil tem políticas públicas concretas para continuar ampliando a qualidade da educação ao comentar pesquisa divulgada hoje (1°) pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Os dados apontam que o Brasil ocupa a 38° posição entre 44 países que testaram habilidades de estudantes de 15 anos em resolver problemas de raciocínio relacionados ao cotidiano.
O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2012 mostra ainda que, no Brasil, menos de 2% dos estudantes que participaram atingiram a performance máxima na solução dos problemas.
“O Pisa mostra que não estamos parados, estamos caminhando. Nos níveis 5 e 6 [níveis que medem o melhor desempenho], o Brasil tem 2% e os países mais consolidados têm 11%. Essa diferença de 2% para 11% é a menor diferença que tivemos desses países em avaliações. Vemos que temos que caminhar, mas já caminhamos também”, disse Soares.
O presidente do Inep disse ainda que o Brasil tem políticas públicas para preparar os estudantes para a solução de problemas concretos como os apresentados no Pisa, entre eles, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“Com o Enem, o Brasil trouxe para seu curriculum esse tipo de demanda”, diz.
Na avaliação, os estudantes tiveram que desenvolver atividades como executar tarefas em um aparelho de MP3, usar o controle remoto de um aparelho de ar-condicionado para controlar condições de temperatura e umidade, sem instruções prévias, e simular a compra de um bilhete de trem em um teclado sensível ao toque.
Os países que lideram o ranking da OCDE são Cingapura, Coreia do Sul e Japão. As três últimas posições são ocupadas por Uruguai, Bulgária e Colômbia.