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Brasil tem avião pronto para repatriar líder do PCC detido na Bolívia, diz PF

Após o retorno ao Brasil, o líder do PCC será encaminhado a uma das cinco penitenciárias federais de segurança máxima

Polícia Federal: Polícia Federal aguarda uma audiência prevista para domingo, na qual as autoridades bolivianas definirão se liberam, expulsam ou mantêm Tuta preso (Sergio Moraes/Reuters)

Polícia Federal: Polícia Federal aguarda uma audiência prevista para domingo, na qual as autoridades bolivianas definirão se liberam, expulsam ou mantêm Tuta preso (Sergio Moraes/Reuters)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 17 de maio de 2025 às 20h01.

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A Polícia Federal do Brasil informou que dispõe de uma aeronave preparada para uma possível repatriação caso o governo boliviano decida expulsar o fugitivo brasileiro detido na sexta-feira, 16.

Marcos Roberto de Almeida, apelidado de Tuta, é apontado como um dos principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do país.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou em coletiva neste sábado, 17, que as equipes brasileiras estão prontas para partir de Brasília assim que houver confirmação da expulsão por parte das autoridades bolivianas.

O preso foi capturado em Santa Cruz de La Sierra pela Força Especial de Combate ao Crime (FELCC) da Bolívia.

Tuta é considerado o líder do PCC fora dos presídios, a qual são a base da organização criminosa originária do sistema penitenciário do estado de São Paulo.

O PCC controla o tráfico de drogas em diversas regiões do Brasil e mantém ligações com países vizinhos, especialmente Paraguai e Bolívia. A operação que resultou na prisão do fugitivo contou com cooperação entre as forças policiais dos dois países.

Espera por decisão boliviana e próximos passos jurídicos

Rodrigues detalhou que a Polícia Federal aguarda uma audiência prevista para domingo, na qual as autoridades bolivianas definirão se liberam, expulsam ou mantêm Tuta preso enquanto ocorre um possível processo de extradição.

O diretor destacou que “a decisão é soberana da Bolívia” e que o país pode optar por expulsá-lo por estar em situação irregular e portando documentos falsos.

Neste caso, Tuta poderá ser entregue à polícia brasileira em Santa Cruz ou em uma cidade próxima à fronteira.

Em caso de expulsão, a medida terá efeitos imediatos, podendo ocorrer em poucas horas ou dias, o que exige preparo logístico para a repatriação.

Após o retorno ao Brasil, ele será encaminhado a uma das cinco penitenciárias federais de segurança máxima.

De Almeida está na lista vermelha da Interpol e já cumpre pena de 12 anos por associação criminosa e lavagem de dinheiro no Brasil. A prisão representa um avanço na luta contra o PCC, cuja liderança fora dos presídios tem sido alvo de investigações desde 2020.

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