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Brasil tem 9 casos suspeitos de coronavírus em 6 estados, diz Ministério

Quatro casos foram descartados e não há nenhuma confirmação para doença, informou a pasta

O coronavírus visto em um microscópio (AFP/AFP)

O coronavírus visto em um microscópio (AFP/AFP)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 29 de janeiro de 2020 às 17h45.

Última atualização em 29 de janeiro de 2020 às 19h44.

São Paulo — O Ministério da Saúde informou na tarde desta quarta-feira, 29, a existência de nove casos suspeitos de infecção pelo coronavírus no Brasil, mas sem confirmação de nenhum deles. Entre os possíveis infectados estão três pacientes da cidade de São Paulo, dois deles são crianças.

Ao todo, seis Estados brasileiros têm casos em investigação: São Paulo (3), Santa Catarina (2), Minas Gerais (1), Paraná (1), Rio de Janeiro (1) e Ceará (1). Outros quatro casos suspeitos foram descartados: três no Rio Grande do Sul e um no Paraná.

Entre os dias 18 e 29 de janeiro, o Ministério da Saúde investigou 33 notificações e descartou 20 casos – que não apresentaram requisitos para serem enquadrados como suspeitas, já que os resultados dos exames apontaram para outras doenças.

Primeira suspeita

Nessa terça-feira (28) o ministério confirmou o primeiro caso suspeito, o de uma paciente de Minas Gerais que esteve na cidade chinesa de Wuhan, o epicentro do surto do vírus. A estudante de 22 anos chegou ao Brasil no dia 24 de janeiro. Ela informou que não teve contato com nenhuma pessoa doente e que não procurou nenhum serviço de saúde enquanto estava na cidade. O quadro de saúde dela é considerado estável.

Classificação de risco

O Ministério da Saúde informou nessa terça-feira (28) que elevou a classificação de risco do Brasil para nível 2, que significa “perigo eminente”. Até segunda-feira (27), o país estava com nível 1 de alerta. A escala vai de 1 a 3 – que é o nível mais elevado e só é ativado quando são confirmados casos transmitidos dentro do país.

O governo mudou a definição para casos suspeitos seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e passou a tratar “todo e qualquer eventual caso suspeito aqueles procedentes da China” nos últimos 14 dias.

Anteriormente, a orientação era que só seriam considerados suspeitos casos que fossem procedentes da cidade onde está o epicentro do vírus. O ministério também desaconselha viagens à China.

Casos de São Paulo

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo informou que os três casos suspeitos foram registrados na cidade de São Paulo. Os pacientes são dois irmãos, de 4 e 6 anos, e um adulto de 33 anos. Os três passam bem e estão em isolamento domiciliar.

De acordo com a pasta estadual, uma das crianças com suspeita da doença, o menino de 6 anos, retornou da China no dia 19 de janeiro e apresentou febre e tosse no dia 28. A criança mais nova, uma menina de 4 anos, não esteve no país asiático, mas teve contato com o irmão mais velho e apresentou os mesmos sintomas. As crianças foram inicialmente atendidas no Hospital Infantil Cândido Fontoura, na zona leste da cidade.

Já o homem de 33 anos voltou da China no dia 20 de janeiro. Apresentou febre, tosse e dor de garganta e foi atendido em um hospital privado da capital, segundo a secretaria.

"Os familiares estão orientados com relação às medidas necessárias para se prevenirem, como uso de máscaras, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos de uso pessoal, bem como sobre os cuidados requeridos para os pacientes, que incluem hidratação e a permanência em casa, sem circulação por outros locais e evitando contato com familiares e amigos, por exemplo", disse a pasta, em nota.

As amostras dos exames feitos pelos pacientes já foram enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz, laboratório público de referência.

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