Brasil

Brasil tem 63 mil milionários, com R$ 371 bi aplicados

Levantamento feito pela Anbima mostra que número de milionários cresceu 11% em 2010

São considerados milionários pessoas com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

São considerados milionários pessoas com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações (Beatriz Albuquerque /Cláudia)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 12h30.

Os brasileiros de alta renda - aqueles com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações - fecharam 2010 com R$ 371 bilhões investidos nos bancos, segundo dados divulgados hoje pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre o mercado de private banking. Na comparação com o ano anterior, houve crescimento de 23% no total de ativos aplicados. O private banking corresponde à área dos bancos que atua na gestão de patrimônio e consultoria de investimentos.

Houve crescimento tanto no volume de recursos investidos nos bancos quanto no número de brasileiros milionários. O presidente do Comitê de Private Banking da Anbima, Celso Portásio, destaca que a alta é puxada pela expansão da economia, que gera aumento da renda e aquece o setor empresarial. Com isso, aumentam as fusões e aquisições e as aberturas de capital, gerando novos milionários no País. Geralmente, são famílias que vendem ações de empresas ou participações em companhias fechadas. No ano passado, houve alta de 11% no total de milionários no Brasil, para 63.224 pessoas.

Os produtos preferidos dos milionários para aplicar recursos são fundos de investimento, que ficaram com R$ 162,2 bilhões dos ativos desses investidores em 2010. Papéis de renda fixa, como títulos públicos emitidos pelo governo, respondem por R$ 118,6 bilhões. Já as ações de empresas lançadas na Bolsa ficam com R$ 68,2 bilhões. Os recursos restantes estão investidos em outros produtos, como poupança e planos de previdência, segundo o levantamento da Anbima.

Risco

Portásio destaca que os milionários preferem aplicações um pouco mais arriscadas, quando comparados com o investidor comum. Um exemplo são os fundos multimercados, que respondem por 50,7% das aplicações dos endinheirados em fundos de investimento. Na média geral do setor, a participação desses fundos, que aplicam em ações, renda fixa, câmbio e derivativos, é de 28%.

A distribuição nacional dos recursos dos milionários indica que São Paulo, maior cidade do País, concentra a maior parte das aplicações, com 55,3% dos recursos. No Rio de Janeiro, estão 18 3%, em Minas Gerais e no Espírito Santo, 5,8%. O Sul responde por 13%, seguido pelo Nordeste, com 5,5%, e pelo Centro-Oeste, com 1,8%. O Norte apresentou número muito pequeno de clientes de alta renda (0,3%).

Portásio avalia que a participação maior de São Paulo é natural, pois o Estado tem a maior riqueza do País. No entanto, outras regiões estão mostrando crescimento na participação dos recursos como Rio de Janeiro, Centro-Oeste e Norte.

Os dados da Anbima foram coletados com os próprios bancos. Esta é a primeira vez que a entidade divulga informações anuais do mercado de private banking. O objetivo da entidade é fazer estatísticas regulares desse mercado, que até o ano passado não tinha dados consolidados. Ao todo, 22 bancos passaram informações à Anbima.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilInvestimentos de empresasMilionáriosRiqueza

Mais de Brasil

Ensino no Brasil não prepara crianças para mundo do trabalho com IA, diz executivo do B20

Como emitir nova Carteira de Identidade no Amazonas: passo a passo para agendar online

Horário de verão vai voltar? Entenda a recomendação de comitê do governo e os próximos passos

PF investiga incêndios criminosos no Pantanal em área da União alvo de grilagem usada para pecuária