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Brasil tem 29 casos suspeitos de contaminação por metanol em dois meses; Padilha prevê aumento

Casos registrados desde agosto são equivalentes ao que normalmente ocorrem em um ano

Agência o Globo
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Publicado em 1 de outubro de 2025 às 14h42.

Última atualização em 1 de outubro de 2025 às 15h23.

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Com as três novas ocorrências em Pernambuco, o Brasil chegou nesta quarta-feira a 29 casos suspeitos de intoxicação por metanol, desde agosto. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o número registrado é equivalente ao que normalmente é acumulado por ano, com a tendência de aumentar.

— Vivemos uma situação anormal (...) Até os dados de ontem à noite, eram 26 casos suspeitos. Esse número é de antes das suspeitas de Pernambuco. Isso significa que nesses dois meses, tivemos mais que a média ao longo de todo ano — declarou Padilha durante evento da Campanha de Multivacinação do governo.

O ministério trabalha com um sistema de informação diária, em que as redes estaduais de Saúde notificam imediatamente à pasta as suspeitas de intoxicação. Padilha afirmou que isso agiliza o mapeamento de casos e identificação de estabelecimentos com bebidas alteradas.

— Vamos continuar acompanhando diariamente. A expectativa que o Ministério da Saúde tem é que se aumente o número de casos. As orientações do ministério é para que todo o Brasil esteja atento — reforçou o ministro.

O número de mortes suspeitas por intoxicação por metanol em São Paulo subiu para cinco na terça-feira, sendo um oficialmente causado por ingestão de bebida alterada com a substância. Na noite de terça, também foram divulgados dois óbitos e um terceiro caso ligados a uma provável presença da substância investigados em Pernambuco.

Segundo o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, desta manhã, há 18 casos em investigação e sete confirmados.

Em resposta, o governo federal anunciou um plano de ações para frear a crise. Entre as medidas, a Secretaria Nacional do Consumidor informou que notificou os Procons estaduais e irá fiscalizar os estabelecimentos suspeitos.

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito próprio para apurar a onda de intoxicações, e o governo federal não descarta possibilidade de ligação com o crime organizado.

No último mês, a Operação Carbono Oculto mirou a atuação da facção no setor de combustíveis em São Paulo. O metanol era justamente a substância utilizada para adulterar os produtos comercializados nos postos de gasolina sob influência da quadrilha.

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