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Brasil tem 11ª maior taxa de homicídios do mundo, diz OMS

Segundo a OMS, o Brasil ocupa a 11ª posição no ranking de homicídios do mundo


	Homicídios: número de mortes caiu no mundo entre 2000 e 2012, mas índice continua alto nas Américas
 (Fergregory/Thinkstock)

Homicídios: número de mortes caiu no mundo entre 2000 e 2012, mas índice continua alto nas Américas (Fergregory/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 08h19.

Genebra - O Brasil é o 11º país com maior taxa de homicídios do mundo. A constatação é da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, em seu informe anual sobre as diversas causas de mortes, alerta para a epidemia dos homicídios.

No total, a agência de Saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que 475 mil pessoas sejam assassinadas por ano. Desse total, 80% são homens.

De acordo com a OMS, a taxa no Brasil é de 32,4 homicídios para cada 100 mil pessoas. A proporção se aproxima de casos como da África do Sul, com 35,7, e Colômbia com 43,9.

Mas na liderança do ranking está Honduras, com 103,9 homicídios para cada 100 mil pessoas. A segunda colocação é da Venezuela, com 57,6.

O estudo usa dados de 2012, já que a entidade aponta que esse é o último ano em que a informação de todo o mundo pode ser comparado. No total, homicídios representam 10% das mortes no mundo.

Variação

Entre 2000 e 2012, a OMS aponta para uma queda importante nas mortes relacionadas com homicídios. A redução foi de cerca de 17%, passando de 8 para cada 100 mil pessoas para apenas 6,7.

Nos países ricos, a taxa caiu em 39%, de 6,2 para cada 100 mil para apenas 3,8. Na Europa, a queda foi de mais de 50%.

Mas, nas Américas, o índice continua sendo o mais alto do mundo e com uma queda apenas marginal em 12 anos. Ao final de 2012, a taxa era de 19,4 homicídios para cada 100 mil pessoas na região.

A OMS ainda destaca que se 80% das vítimas são homens; entre as mulheres o estudo revela que 38% das que são mortas dessa forma são vítimas de seus próprios parceiros.

Expectativa

Segundo os dados da OMS, apesar da epidemia dos homicídios, o mundo registrou "ganhos dramáticos" em termos de expectativa de vida em 15 anos. De uma maneira geral, os ganhos foram de cinco anos entre 2000 e 2015, a maior expansão desde os anos 1960. Hoje, ela é de 71,4 anos.

O Brasil seguiu a mesma tendência. Em 2000, a média de vida de um brasileiro era de 70,5 anos. Em 2015, essa taxa chegou a 75 anos. No caso das mulheres, a expectativa passou de 74,3 para 78,7. Entre os homens, ela passou de 66,8 anos em 2000 para 71,4 em 2015.

No mundo, o aumento da expectativa de vida reverteu as perdas registradas nos anos 90 quando a epidemia da aids causou uma queda na idade média vivida por uma pessoa na África.

Não por acaso, os maiores ganhos nos últimos 15 anos foram na África, com alta de 9,4 aos para um total de 60 anos. O controle da malária, sobrevivência de recém nascidos e maior acesso a remédios contra aids foram decisivos.

Mas, para a diretora da OMS, Margaret Chan, as disparidades persistem. Segundo os dados da entidade, o futuro de uma criança depende de onde ela nasceu. Nos 29 países mais ricos do mundo, ela pode esperar viver pelo menos 80 anos. Nos 22 países mais pobres da África, essa criança deve viver menos de 60 anos.

A taxa mais elevada de expectativa de vida é das mulheres japonesas, com 86,8 anos. Entre os homens, o recorde é dos suíços, com 81,3 anos. Mas, em Serra Leoa, a expectativa de vida de um homem é de apenas 49 anos, ante 50 para uma mulher.

A pobreza é ainda responsável por milhares de mortes a cada ano - 5,9 milhões de crianças ainda não chegam aos cinco anos de idade; 1,8 bilhão de pessoas bebem água contaminada no mundo; e 946 milhões ainda não contam com banheiros.

Para a OMS, o subdesenvolvimento ainda faz com que 53% de todas as mortes do mundo sejam sequer contabilizadas.

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