Brasil

Brasil quer uma relação 'de igual para igual' com os EUA

Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores, deu o recado a apenas dois dias da chegada do presidente americano Barack Obama ao Brasil

Barack Obama: para Patriota, o Brasil nunca esteve tão bem antes da visita de um presidente americano (Alex Wong/Getty Images)

Barack Obama: para Patriota, o Brasil nunca esteve tão bem antes da visita de um presidente americano (Alex Wong/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 20h34.

Rio de Janeiro - O Brasil quer uma relação "de igual para igual" com os Estados Unidos, disse nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a dois dias da visita do presidente americano, Barack Obama.

"O Brasil quer uma relação de igual para igual. Queremos multipolaridade da cooperação, não da rivalidade, protagonismo e confronto", afirmou Patriota em entrevista coletiva concedida à imprensa, segundo a "Agência Brasil".

Obama iniciará no próximo sábado em Brasília uma viagem por três países da América Latina, que também inclui o Chile e El Salvador.

O chanceler assegurou que o Governo de Dilma Rousseff espera que Obama aproveite sua visita para manifestar-se a favor do interesse do Brasil em ter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como já fez no caso da Índia.

Para Patriota, o apoio dos Estados Unidos ao Brasil "é um dado significativo", embora admitisse que não é determinante para conseguir o impulso da reforma deste organismo.

"Uma manifestação dos Estados Unidos não vai afetar drasticamente os eventos, já que é preciso um consenso nas Nações Unidas, a aprovação da maioria de dois terços (do Conselho de Segurança) e a ratificação dos cinco membros permanentes", comentou.

Patriota também ressaltou que o Brasil "se consolidou como democracia", assim como na esfera econômica e diplomática, na qual é muito ativo na América Latina, África e no Oriente Médio.

"Dos nove presidentes americanos que visitaram o Brasil, esta será a ocasião em que o país se encontrará em melhores condições econômicas, políticas e com um perfil internacional elevado, uma diplomacia muito ativa, um alcance verdadeiramente global da diplomacia", acrescentou.

Obama será recebido no sábado pela presidente Dilma na capital do país, onde também participará de dois eventos com empresários brasileiros.

No dia seguinte, o presidente americano pronunciará um discurso aberto ao público na Cinelândia, no Rio de Janeiro, onde as autoridades esperam cerca de 30 mil pessoas.

Além disso, Obama vai aproveitar sua visita ao Rio para conhecer a estátua do Cristo Redentor em companhia de sua esposa e de suas duas filhas.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBrasil-EUADados de BrasilDiplomaciaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe