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Brasil quer parceria dos EUA em educação e ciência

Mercadante disse que essa prioridade está "materializada" no programa Ciência sem Fronteiras

O programa atende em particular as áreas científica e tecnológica, com ênfase em matemática, engenharia, ciências da informação, biologia e nanotecnologia (Valter Campanato/ABr)

O programa atende em particular as áreas científica e tecnológica, com ênfase em matemática, engenharia, ciências da informação, biologia e nanotecnologia (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 14h12.

Brasília - O Brasil pretende estabelecer uma "sociedade" com os Estados Unidos nas áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação, que estarão entre os eixos da visita que a presidente, Dilma Rousseff, fará a Washington na próxima semana, informou nesta terça-feira o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

"A cooperação nas áreas de educação e inovação é agora uma das prioridades da política externa brasileira", explicou o ministro em entrevista coletiva com correspondentes internacionais credenciados em Brasília.

Mercadante disse que essa prioridade está "materializada" no programa Ciência sem Fronteiras, que o Governo anunciou em dezembro e que propõe conceder bolsas de estudos a 100 mil estudantes brasileiros para as 50 melhores universidades do mundo até 2014.

O programa atende em particular as áreas científica e tecnológica, com ênfase em matemática, engenharia, ciências da informação, biologia e nanotecnologia, entre outras, assim como outros setores mais específicos, como petróleo, gás e aeronáutica.

Em todas essas áreas, os Estados Unidos são um país de ponta e o Governo do presidente Barack Obama se comprometeu a cooperar e facilitar o acesso dos estudantes brasileiros a universidades de seu país, informou Mercadante.


Segundo o ministro, cerca de 20 mil universitários brasileiros poderiam cursar pós-graduação nos Estados Unidos, o que representaria 20% das bolsas e transformaria esse país no principal "parceiro" do programa Ciência sem Fronteiras.

Este ano, cerca de 1.500 estudantes desse programa já se matricularam em universidades dos Estados Unidos, que foi um dos primeiros países a aceitar cooperar com o plano, junto com a França, Itália, Alemanha e Rússia.

Mercadante disse que, em uma segunda etapa, que será desenvolvida nos próximos meses, reforçará a cooperação com universidades da Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Portugal e Japão.

Esses assuntos, assim como outros planos de cooperação que são debatidos com os Estados Unidos em diversas áreas de ciência e tecnologia, serão analisados durante o encontro que Dilma terá com Obama na próxima segunda-feira na Casa Branca.

Essa será a primeira visita oficial da presidente a Washington na condição de chefe de Estado.

Além do encontro de trabalho com Obama, Dilma visitará a Universidade de Harvard, que receberá 2 mil alunos brasileiros nos próximos anos. 

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