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Brasil quer intensificar parcerias com a Finlândia

Em futura reunião entre Antonio Patriota e o presidente finlandês, estarão pautas como a ampliação do comércio bilateral e o Programa Ciência sem Fronteira


	Capital da Finlândia, Helsinque: paralelamente, os finlandeses demonstraram interesse em incrementar as relações não só com o Brasil como, também, com a China e com a Índia, cujas economias apresentaram crescimento
 (Ilmari Karonen / Wikimedia Commons)

Capital da Finlândia, Helsinque: paralelamente, os finlandeses demonstraram interesse em incrementar as relações não só com o Brasil como, também, com a China e com a Índia, cujas economias apresentaram crescimento (Ilmari Karonen / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 14h00.

Brasília – Na tentativa de incrementar as relações com a Finlândia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, passará os próximos dias 25 de 26 em Helsinque, capital do país.

Na pauta com autoridades locais estão discussões como a ampliação do comércio bilateral, das vagas para o Programa Ciência sem Fronteira e a execução de propostas relativas à ciência, inovação e pesquisa. Patriota tem reuniões agendadas com o presidente finlandês, Sauli Niinisto, e ministros.

A Finlândia, na Europa, é um dos países mais desenvolvidos, na área social, do mundo. Com pouco mais de 5,3 milhões de habitantes, os índices que medem a qualidade de vida colocam a Finlândia como referência internacional. O ensino é considerado de elevado nível e há cursos universitários em inglês, daí o interesse do governo brasileiro em negociar a ampliação de vagas para o Ciência sem Fronteira.

Um grupo de 44 estudantes brasileiros já passou pela Finlândia e, nos próximos meses, 56 chegarão ao país para aperfeiçoarem os estudos. Paralelamente, os finlandeses demonstraram interesse em incrementar as relações não só com o Brasil como, também, com a China e com a Índia, cujas economias apresentaram crescimento.

De acordo com especialistas, as autoridades finlandesas e brasileiras têm vários aspectos comuns, principalmente nas negociações em âmbito internacional. Ambos defendem a busca do consenso por intermédio do diálogo e do acordo.

A Finlândia, na sua Constituição, defende a chamada neutralidade, tanto é que não participa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que costuma ser acionada para intervenções em vários locais.

No campo econômico, empresas finlandesas, como a Nokia, tem uma fábrica de aparelhos celulares instalada na Zona Franca de Manaus (AM) e o Brasil representa seu sexto maior mercado.


Os investidores finlandeses demonstram interesse em participar, também, das obras de modernização dos portos, do setor naval e da área de papel e celulose. A Finlândia espera receber, até 2020, investimentos estrangeiros que somam 30 bilhões de euros.

O governo finlandês reconheceu, no Plano de Ação da Finlândia para a América Latina e o Caribe, lançado em fevereiro de 2013, que as empresas finlandesas precisam investir mais na região. A Prizztech, agência pública finlandesa de desenvolvimento de negócios e gerenciamento de projetos, elaborou estudo sobre Pernambuco, avaliando a estado de forma positiva, além de reconhecer a necessidade de aplicar mais recursos no país.

De 2008 a 2012, o intercâmbio comercial cresceu 24,3%, passando de US$ 1,19 bilhão para US$ 1,49 bilhão. Porém, o comércio entre os dois países mostra que o Brasil tem importado mais do que extortado, registrando um déficit de US$ 237,3 milhões, em 2012.

De janeiro a julho de 2013, o déficit comercial com a Finlândia aumentou em 97,8%. As exportações brasileiras se baseiam nas vendas de misturas de sulfetos de níquel, minérios e concentrados, café e açúcar, entre outros. O Brasil importa dos finlandeses máquinas e aparelhos para fabricação de pasta de matéria celulósica, papel e cartão dos tipos utilizados para escrita, impressão ou em gráficas.

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