Brasil

Brasil prepara planos contra turismo sexual na Copa

Ministério do Turismo assinou um acordo de cooperação com a União Europeia para combater a violência sexual

Projeto do Estádio Nacional de Brasília: além do investimento em infraestrutura, governo quer investir no fator social (Divulgação)

Projeto do Estádio Nacional de Brasília: além do investimento em infraestrutura, governo quer investir no fator social (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Brasília - O Governo Federal promoverá a partir deste mês uma campanha para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes na Copa do Mundo de 2014, informaram hoje fontes oficiais.

A previsão do Ministério do Turismo é que o Brasil receba cerca de 600 mil estrangeiros durante a Copa, o que representa em torno de 10% do total de turistas que vêm anualmente ao país - segundo pesquisas da Organização Mundial de Turismo, é o 43º destino turístico mais procurado.

Segundo o secretário executivo do Ministério, Mário Moysés, além de melhorar a infraestrutura para acolher os turistas, é necessário também "se preocupar com o fator social" e sensibilizar a sociedade para que previna e condene a violência sexual.

Moysés explicou que o Ministério do Turismo assinou um acordo de colaboração com Itália e Alemanha, e que o próximo passo será promover "ações de cooperação com a União Europeia (UE)" para prevenir o problema da violência sexual de menores.


O objetivo do programa "Um gol pelos direitos de crianças e adolescentes" é desenvolver planos de ação regionais e formar 390 agentes sociais que serão capacitados para prevenir e denunciar os casos de abuso, além de orientar profissionais de saúde, hotelaria e policiais para atuar contra a exploração sexual.

O secretário executivo acrescentou que outra parte da campanha será focada nos adolescentes que vivem em áreas mais pobres e próximas às sedes da Copa do Mundo, para que não caiam na prostituição.

O Governo manterá como principal método de denúncia de abusos sexuais contra menores um número telefônico (Disque 100), que recebe uma média de 418 chamadas por dia sobre possíveis maus-tratos de crianças e adolescentes, das quais 80% correspondem a vítimas do sexo feminino.

Segundo Moysés, o Brasil se prepara para receber "não só ao turismo futebolístico masculino", mas também a suas famílias, e se afastar do estereótipo de país de "futebol, samba e carnaval" para promover outras facetas menos conhecidas, como as de seu "diversidade cultural, gastronomia e natureza".

Leia mais notícias sobre a Copa do Mundo

Siga as notícias do site EXAME sobre Economia no Twitter

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCopa do MundoDados de BrasilEsportesFutebolTurismo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas