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Brasil pode ter presidente mulher ou LGBT? Partidos se articulam

Senadora que vem se destacando na CPI da Covid e nome em ascensão do PSDB ganham espaço na disputa de legendas históricas pelas prévias eleitorais

Simone Tebet (MDB-MS): aos 51 anos, senadora pode ser candidata à presidência da República (Pedro França/Agência Senado)

Simone Tebet (MDB-MS): aos 51 anos, senadora pode ser candidata à presidência da República (Pedro França/Agência Senado)

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Carla Aranha

Publicado em 19 de julho de 2021 às 12h16.

Última atualização em 19 de julho de 2021 às 12h16.

Em busca de candidaturas capazes de representar uma forte alternativa a nomes já colocados para as eleições de 2022, grandes partidos como o MDB e o PSDB começam a articulação para a escolha dos presidenciáveis, com espaço para perfis que fogem do mais convencional, como o da senadora Simone Tebet (MDB-MS), líder na bancada feminina na CPI da Covid, e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul .

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Pré-candidato à presidência pelo PSDB, Leite é o primeiro governador abertamente LGBT+ do país. O advogado e ex-prefeito de Pelotas assumiu sua orientação sexual recentemente, em uma entrevista à rede Globo. "Não tenho nada a esconder e tenho orgulho de poder dizer quem eu sou.", disse. Leite segue em ritmo de pré-campanha. Neste final de semana, se reuniu com ACM Neto, presidente do DEM, na Bahia, com forte influência no nordeste. "É o momento de conversar, se aproximar", disse Leite ao final do encontro. 

O governador concorre com três outros nomes do PSDB nas prévias do partido, que serão decididas em novembro. Além de João Doria, estão na disputa o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-senador Arthur Virgílio (AM). Jereissati vem deixando claro que talvez abandone a corrida em favor de uma candidatura com mais poder de fogo. O senador não tem poupado elogios a Leite, dizendo que o político pode dar um novo gás ao PSDB. Enquanto isso, Doria segue firme na disputa. O governador  de São Paulo, que conta com 2% das intenções de voto, busca apoio junto a empresários e outros setores da sociedade.

Enquanto isso, o MDB também articula uma candidatura que possa representar uma terceria via nas eleições do ano que vem. Nos bastidores do partido, tem ganho musculatura o movimento para lançar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como pré-candidata ao pleito de 2022. A decisão final será anunciada em agosto, quando o MDB deve oficializar a intenção de participar da corrida eleitoral com uma candidatura própria.

Partidos importantes da cena nacional, como o MDB, DEM e Cidadania, vem debatendo alternativas para o que se desenha como uma polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

"O segundo turno ainda está muito longe e nesse momento qualquer afirmação sobre a disputa eleitoral não passa de uma tentiva de antecipar possibilidades e um desejo inconsciente de já ter um cenário com dois candidatos", diz o cientista político André César, da Hold Consultoria, de Brasíia. "Candidatos como Eduardo Leite e Simone Tebet, que fogem ao padrão mais tradicional, vêm ganhando espaço".

Em destaque na CPI da Covid, Tebet ganhou adesões no MDB para uma pré-candidatura. O deputado Baleia Rossi, presidente do MDB, não tem se furtado a tecer elogios à senadora, que é vista como um nome capaz de representar uma renovação no partido. “Um dos nomes favoritos para defender nosso projeto de país é o da Simone Tebet", disse Baleia.

 

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