Brasil

Brasil pede respeito à nova Assembleia Nacional venezuelana

Ministério das Relações Exteriores disse confiar que serão respeitadas as atribuições e prerrogativas constitucionais do novo Parlamento


	Oposição venezuelana: a aliança opositora Mesa de Unidade Democrática obteve, nas eleições do mês passado, a primeira vitória em 16 anos
 (Nacho Doce / Reuters)

Oposição venezuelana: a aliança opositora Mesa de Unidade Democrática obteve, nas eleições do mês passado, a primeira vitória em 16 anos (Nacho Doce / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 16h10.

Brasília - O Ministério das Relações Exteriores informou que o governo brasileiro comemora a instalação da nova Assembleia Nacional venezuelana hoje (5) e disse confiar que serão respeitadas as atribuições e prerrogativas constitucionais do novo Parlamento e de seus membros, eleitos no dia 6 de dezembro.

A aliança opositora Mesa de Unidade Democrática obteve, nas eleições do mês passado, a primeira vitória em 16 anos, conseguindo 112 dos 167 lugares que compõem o Parlamento, uma maioria de dois terços que lhe confere amplos poderes e marca uma virada histórica contra o chavismo (seguidores do ex-presidente Hugo Chávez).

Em nota, o Itamaraty afirmou que "o governo brasileiro acompanha com atenção e interesse os desdobramentos das eleições legislativas venezuelanas realizadas no último dia 6 de dezembro, saúda a instalação da nova Assembleia Nacional venezuelana e insta todos os atores políticos venezuelanos a manter e aprimorar o diálogo e a boa convivência, que devem ser a marca por excelência das sociedades democráticas”, disse, em nota, o Itamaraty.

O ministério acrescentou que o governo confia que será plenamente respeitada a vontade soberana do povo venezuelano, expressada de forma livre e democrática nas urnas.

“Confia, igualmente, que serão preservadas e respeitadas as atribuições e prerrogativas constitucionais da nova Assembleia Nacional venezuelana e de seus membros, eleitos naquele pleito. Não há lugar, na América do Sul do século 21, para soluções políticas fora da institucionalidade e do mais absoluto respeito à democracia e ao Estado de Direito”, destacou a nota.

De acordo com o Itamaraty, a lisura do pleito de 6 de dezembro foi atestada pela missão eleitoral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), chefiada pelo ex-presidente da República Dominicana Leonel Fernández, com apoio e participação brasileiras.

“Seus resultados oficiais foram divulgados e validados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela e prontamente reconhecidos, na ocasião, por todas as forças políticas do país”, concluiu o ministério.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaGoverno DilmaNicolás MaduroPolíticosVenezuela

Mais de Brasil

Rodízio São Paulo hoje, novembro 2024: horários, finais de placa, regiões e valor da multa

Lula diz que Maduro é 'problema' da Venezuela, não do Brasil

Número do chassi: o que é e como consultar?

MEC estuda volta do Enem como certificado do ensino médio em 2025